Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Silva, Monise Martins da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-20052014-185503/
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Resumo: |
Para a promoção, proteção e apoio à amamentação, as instituições que aderem à Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) adotam os chamados \"Dez passos para o sucesso do aleitamento materno\". O quarto passo da IHAC consiste em ajudar as mães a iniciar o aleitamento materno, na primeira meia hora após o nascimento, ainda na sala de parto. O presente estudo tem como objetivo analisar as práticas dos profissionais de saúde relacionadas à assistência às mulheres e aos recém-nascidos, durante a realização do contato precoce e amamentação, na primeira meia hora após o parto, no contexto de um Hospital Amigo da Criança. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa que permitiu a compreensão da subjetividade expressa nos discursos dos participantes, sem romper com o contexto onde eles estavam inseridos. A presente pesquisa foi realizada na maternidade da Santa Casa de Misericórdia, no município de Passos-MG. Participaram deste estudo 21 profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e psicóloga) que atuavam no Centro Obstétrico da Santa Casa e que concordaram em participar, após assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O número de participantes foi determinado pela saturação dos dados. Os dados foram coletados no período de julho a outubro de 2013, por meio de observação, durante o momento do parto e pós-parto imediato, e de entrevistas semiestruturadas com os profissionais de saúde. Os dados foram analisados considerando-se os registros das observações e das falas dos entrevistados, através do método de interpretação de sentidos. A análise dos dados permitiu a identificação de unidades temáticas que convergiram para quatro categorias: a concepção e a prática do contato precoce pelos profissionais de saúde; contribuições da mulher no contato precoce e aleitamento materno na visão dos profissionais; fatores que implicam no processo do contato precoce e aleitamento materno, na sala de parto; e o modelo assistencial no processo do contato precoce e aleitamento materno, na sala de parto. Evidenciou-se que os participantes demonstraram conhecimento quanto à prática do contato pele a pele precoce e da amamentação na primeira meia hora pós-parto, no entanto, não foi verificada a efetivação desta prática pelos mesmos. Os participantes consideram a mulher como passiva na realização desta prática. Identificam fatores facilitadores e dificultadores para a realização do contato precoce, porém não utilizam as estratégias que poderiam facilitar a prática. O modelo assistencial é centrado em questões técnicas e biologicistas, e a assistência durante o período intraparto ocorre de maneira mecânica e fragmentada, seguindo-se as rotinas hospitalares sem a reflexão sobre o processo de trabalho, o que incide também na realização do 4º passo da IHAC. Considera-se necessário o maior envolvimento de todos os profissionais de saúde, de forma que reflitam sobre as vantagens e a reorganização da prática e da rotina hospitalar existente, com a finalidade de se concretizarem as ações preconizadas pelo contato precoce e amamentação, na primeira hora pós-parto, favorecendo assim a melhoria das taxas de aleitamento materno e, consequentemente, a melhoria da saúde materno-infantil |