Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Martins, Luz Marina Pinto |
Orientador(a): |
Arantes, Sandra Lucia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/220
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Resumo: |
Esta pesquisa descreve a assistencia materna prestada as mulheres, tal como expressa nos discursos de puerperas usuarias do SUS no municipio de Dourados, MS. Os objetivos do estudo foram apresentar as formas de organizacao do trabalho no atendimento a mulher, mostrar como esta o acesso as acoes e servicos de saude e conhecer as opinioes que as puerperas expressam a respeito da assistencia materna. O Ministerio da Saude (1994) orienta que a assistencia materna deve ser vista em seus diversos niveis de atencao e de complexidade e nas praticas adotadas pelos modelos assistenciais. Cabe-nos entao constatar a reorganizacao das praticas assistenciais, uma vez que elas estao passando por mudancas rumo a construcao de um novo modelo de atencao a saude. Metodologicamente, foi desenvolvida uma investigacao de corte transversal descritiva, comparativa e com desenho qualitativo, utilizando o Discurso do Sujeito Coletivo de Lefevre, em 66 puerperas que fizeram o pre-natal na rede e que pariram nos meses de junho a agosto de 2005. Nesse municipio, o atendimento necessita de estruturacao e implementacao de estrategias de mudanca do modelo assistencial a partir da organizacao da demanda, uma vez que cada unidade segue uma rotina. O modelo clinico ainda impera, pois esta centrado na atencao as queixas. O trabalho em equipe existe em apenas algumas unidades de saude, com atuacoes isoladas, desarticuladas, sem integracao dos profissionais. As praticas informativas e educativas em grupo nao foram uma constante e, mesmo quando existentes, nao contaram com a participacao da grande maioria das usuarias. Em vez disso, as orientacoes restringiram-se ao simples repasse de informacoes, sendo pouco direcionadas as necessidades do grupo e com utilizacao do material de apoio de forma inadequada. A maioria relatou ter acesso as consultas, aos meios terapeuticos, aos exames laboratoriais de rotina e aos exames complementares, porem na maioria das vezes o tempo de espera foi muito longo; as consultas foram rapidas; nao houve prescricao de medicamentos preconizados; algumas tiveram a resolucao do parto sem conhecer o resultado dos exames laboratoriais, devido a demora na entrega destes; os exames complementares foram garantidos, mas foi demonstrada insatisfacao com essa pratica, havendo demora no agendamento e no atendimento, e surgiu o descredito no exame do SUS. Apesar do acesso garantido, e necessario que se implementem mudancas na forma como organizam esses servicos e tambem nas formas com os profissionais operam tais servicos, redirecionando enfoques e acoes pautados na vigilancia a saude e na ampliacao da cidadania brasileira, concretizando assim o proposito inicial do municipio, que era a reversao do modelo assistencial. Quanto a opiniao das usuarias com o pre-natal, revelaram-se satisfeitas, pois quando nao o estao expressam isso reclamando ou migrando para outras unidades de saude. Ja no parto/pos-parto, a maioria relatou ter sido bem tratada e bem atendida, e uma minoria relatou alguns sentimentos e atos negativos no transcorrer do parto. Portanto, no periodo estudado, as gestantes dirigiram-se ao parto com diferentes opinioes e expectativas, com base nas praticas assistenciais adotadas pelos modelos assistenciais. Por final, a comparacao dos dois modelos assistenciais, na otica das puerperas usuarias do SUS, revelou nao ter havido diferencas significativas nem relevantes na maioria das categorias estudadas. Nao ocorreu, portanto, reestruturacao das praticas assistenciais. |