Isolamento e caracterização de Enterococcus faecallis resistentes a vancomicina ou a altas concentrações de aminoglicosídeos provenientes de suínos no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Filsner, Pedro Henrique Nogueira de Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
CIM
MIC
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-21082014-161553/
Resumo: Agentes causadores de infecções urinárias, endocardites, meningites e septicemias os membros do gênero Enterococcus ganharam grande importância epidemiológica nos últimos anos, já que possuem resistência, tanto intrínseca quanto adquirida, a uma ampla gama de antibióticos. Entre as trinta e seis espécies descritas atualmente, duas recebem maior destaque,E. fecalis e E. faecium devido à alta frequência de multirresistência a antimicrobianos e a sua maior participação nos casos de infecções humanas. Vários estudos tem associado o uso de facilitadores de crescimento em animais de produção com o aumento da frequência de multirresistência em várias espécies de Enterococcus. Diante do exposto, no presente estudo foram avaliadas 245 cepas de Enterococcus faecalis isoladas de 171 suínos comercias quanto ao perfil de resistência a antimicrobianos através da determinação da concentração inibitória mínima e quanto ao perfil genotípico através da eletroforese em campo pulsado. As maiores taxas de resistência observadas foram contra a tilosina (98,7%) e lincomicina (98,7%), seguidas pela tetraciclina (97,1%), eritromicina (96,7%), estreptomicina (96,3%), combinação quinupristinadalfopristina (95,5%), kanamicina (93,8%), gentamicina (85,3%), ciprofloxacina (76,7%) e cloranfenicol (71,8%). Não foram identificadas cepas resistentes a vancomicina e a taxa de resistência a princípios como daptomicina (0,4,%), nitrofurantoína (1,2%) e tigeciclina (1,6%) foi baixa. Através da eletroforese em campo pulsado as cepas foram agrupadas em 109 pulsotipos, não havendo grupamentos diretamente relacionados ao perfil de resistência. As cepas foram agrupadas em maior frequência, de acordo com o animal e a granja de origem. No Brasil, o uso de avoparcina em suinocultura não foi muito intensivo, o que provavelmente não contribuiu para a seleção de cepas resistentes a vancomicina, no entanto, a resistência a altos níveis de gentamicina e estreptomicina é alarmante, e devido à importância destes antimicrobianos no tratamento das infecções humanas por Enterococcus, estes níveis de resistência deveriam ser monitorados em isolados de origem animal e ambiental.