\'Obreros del porvenir\': a instituição da Academia Nacional de Medicina e a produção de saberes médicos no México (1860-1880)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Julio Cesar Pereira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-22102018-172045/
Resumo: Criada em 1864, a Academia Nacional de Medicina passou diversas transformações ao longo da segunda metade do século XIX em decorrência das mudanças no cenário sociopolítico mexicano e da própria dinâmica das ciências médicas no mundo Ocidental. Nesta dissertação, busca-se compreender como ocorreu o processo de institucionalização da medicina acadêmica no México a partir da trajetória da Academia Nacional de Medicina e como foram produzidos determinados saberes entre as décadas de 1860-1880. Assim, foram estudados o processo de consolidação de uma deontologia médica, além da produção, regulação e normatização de saberes médicos relacionados à concepção de vida e aos procedimentos de partos. À luz de uma perspectiva microssociológica e contextualista, demonstram-se como os embates e as controvérsias científicas serviram à organização da academia, às normas de produção e à formulação de saberes sobre vida e parto. Esta pesquisa também apontou como tais saberes serviram à estruturação do Estado mexicano durante a segunda metade do século XIX. Foram analisados os relatórios clínicos e as atas publicados na Gaceta Médica de México (periódico da Academia), os códigos civil e penal sancionados na virada das décadas de 1860-70 e os manuais de medicina legal e medicina obstétrica elaborados pelos médicos Luis Hidalgo y Carpio e Juan María Rodríguez.