Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Santiago, Thaiana Helena Roma |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-17042015-130803/
|
Resumo: |
Introdução: A segurança do paciente tornou-se uma preocupação formal em diversos sistemas de saúde no mundo nas últimas décadas. Em 2004 a Organização Mundial da Saúde (OMS) propõe a Aliança para segurança do paciente e aponta a avaliação da cultura de segurança nas instituições de saúde como um dos aspectos chave para esse processo. Método: pesquisa transversal de abordagem quantitativa, realizada em um hospital de ensino no interior do estado de são Paulo entre os meses de março e abril de 2014. A população de estudo foi composta por todos os profissionais que faziam parte da escala de trabalho das unidades de terapia intensiva (UTI) adulto, pediátrica e neonatal e não se enquadravam no critério de exclusão (menos de 6 meses na unidade). Foram aplicados dois instrumentos para avaliação da cultura e clima de segurança do paciente, o Hospital Survey on Patient Safety (HSOPSC) e o Safety Attitudes Questionnaire (SAQ), e um instrumento para levantamento das informações sociodemográficas e profissionais. Para a análise de dados utilizou-se o teste de confiabilidade das escalas pelo Alfa de Cronbach. Foi verificada a presença de associações das escalas com variáveis de estudo pelo qui-quadrado de Pearson ou teste exato de Fischer nas variáveis qualitativas, a ANOVA para as variáveis quantitativas. A presença de correlação entre os instrumentos SAQ e HPSOPSC foi verificada pelo teste de correlação de Pearson. Resultado: os dados sociodemográficos quanto a sexo e idade e cargo foram homogêneos nas três UTI. A UTI Neonatal possuía profissionais com mais tempo de trabalho na unidade e na especialidade quando comparada as demais unidades. Ambas as escalas apresentaram boa confiabilidade pelo alfa de Cronbach, 0,853 para o SAQ e 0,889 para o HSPOSC. Na análise dos domínios do SAQ, observou-se pontuação 62 para as Condições de Trabalho e para Percepções da Gerência, enquanto para o HSPOSC a dimensão Resposta não punitiva aos erros obteve o menor percentual de repostas positivas (29,6%), e as dimensões Abertura da comunicação e Retorno da comunicação e das informações sobre o erro uma proporção de neutros maior de 30%. A nota total de segurança do paciente pelo HSPOSC foi de 85% (somados ótima e muito boa). Analisando-se o comportamento das UTIs através de cada escala, a UTI Neonatal apresentou maior satisfação no trabalho do que as demais UTIs. A UTI Adulto apresentou menores pontuações em cada domínio quando comparada com as demais e para os domínios do HSPOSC somente o domínio Abertura de comunicação obteve uma proporção de respostas positivas discretamente superior às demais UTIs. A correlação entre as escalas através da correlação de Pearson foi de força moderada (coeficiente de Pearson de 0,656). As respostas abertas evidenciaram que as mudanças ocorridas no hospital em decorrência dos processos de acreditação, contribuíram para a melhor percepção dos profissionais sobre a segurança do paciente. Conclusões: há diferenças de percepções quanto a segurança do paciente entre as UTIs dentro de um mesmo hospital, o que corrobora com a existência de microculturas locais. As escalas de avaliação de clima/ cultura de segurança do paciente parecem medir fenômenos semelhantes. |