Phytophthora nicotianae: ação de meios de cultura e da qualidade da luz no crescimento e esporulação e aspectos fisiológicos e bioquímicos da interação com porta-enxertos cítricos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santos, Paulo Cézar das Mercês
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-05012016-105803/
Resumo: A citricultura brasileira apresenta números bastante significativos e expressivos, refletindo a grande importância social e econômica que essa atividade agrícola e industrial tem para a economia do país. O Brasil se destaca como o maior produtor de laranja do mundo. As plantas cítricas podem ser produzidas e multiplicadas de várias formas e a enxertia é a forma de propagação vegetativa mais utilizada comercialmente no Brasil. Dentre os porta-enxertos mais empregados, sobressaem-se o citrumeleiro Swingle e a tangerineira Sunki. Apesar das vantagens presentes nesses dois genótipos, a produção deles está sendo limitada por doenças causadas por fungos e estraminipilas. Em citros, as diversas espécies de Phytophthora são responsáveis pelas doenças gomose e podridões, principalmente de radicelas. P. nicotianae é a espécie que mais afeta as plantas cítricas no Brasil. Não obstante a grande importância de P. nicotianae para os porta-enxertos, alguns mecanismos de resistência ou susceptibilidade ainda requerem mais investigações cientificas. O presente trabalho visa a elucidação de alguns mecanismos de resistência dos citros a P. nicotianae, por meio de estudos fisiológicos e bioquímicos dos porta-enxertos, além da ação de meios de cultura e da qualidade da luz no estudo da fisiologia desse estraminipila. Para isso realizou-se a detecção de alguns equivalentes de compostos fenólicos através da técnica HPLC e o comportamento do genótipo resistente frente à possível inibição da síntese de compostos fenólicos através do tratamento das raízes do porta-enxerto Swingle com Pro-Ca; avaliou-se a atração de zoósporos de P. nicotianae por exsudatos radiculares provenientes dos dois porta-enxertos com o uso de uma armadilha adaptada; verificou-se o comportamento do zoósporo, a motilidade e a zoosporogênese frente à ação de vários compostos fenólicos e testou-se a ação de diferentes meios de culturas e da qualidade da luz no crescimento micelial e na esporulação de P. nicotianae. Os resultados revelaram que a tangerineira Sunki possui maiores quantidades de equivalentes em apigenina que o citrumeleiro Swingle nos dois períodos de avaliação, para o HPLC. O porta-enxerto resistente apresentou mais equivalentes de ácido clorogênico que o genótipo susceptível. Quanto ao Pro-Ca, os equivalentes de compostos fenólicos em raízes de plântulas do citrumeleiro Swingle não diferiram daquelas plantas tratadas com água. O Pro-Ca não inibiu e não desativou a síntese de compostos fenólicos. O uso do anticorpo contra a elicitina \"α-plurivorina\" teve resultados intermediários no consumo de água por plântulas de tangerineira Sunki e a atividade zoosporicida dos compostos fenólicos apresentou resultados variáveis no comportamento da motilidade de zoósporos. Os compostos fenólicos escopoletina e tricetinpentametoxi conseguiram paralisar a motilidade e proporcionaram as menores porcentagens de zoosporogênese. O meio de cultura AA permitiu a maior TCMD, seguido de CA e V8-CaCO3-Ágar. Os maiores valores de esporulação foram encontrados nesses dois últimos meios, respectivamente. Todas as faixas de luzes (e a ausência de luz) estudadas no presente trabalho podem ser avaliadas para o crescimento micelial, porém o tratamento claro foi aquele que mais induziu a esporulação de zoósporos de P. nicotianae.