Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Galindo, Maria Alejandra Mantilla |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42132/tde-23122021-141754/
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Resumo: |
O gênero Methylobacterium pode estabelecer associações epifíticas ou endofíticas com diferentes espécies vegetais. Para o estabelecimento dessa interação, ocorre uma comunicação química coordenada entre as partes, em que os exsudatos da planta hospedeira provavelmente desempenham um papel fundamental. Estudos anteriores, mostraram que a linhagem M. mesophilicum SR1.6/6 apresenta maior crescimento na presença de exsudatos vegetais, induzindo uma alteração no padrão da expressão de genes possivelmente envolvidos na colonização (atividade catalítica, formação de biofilme, metabolismo primário e genes envolvidos em resposta antioxidante). No entanto, o papel dos exsudatos vegetais, durante a interação com Methylobacterium, ainda não é bem entendido. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de exsudatos radiculares de plântulas de soja (Glycine max) e milho (Zea mays) no estabelecimento da interação com Methylobacterium spp. e Methylorubrum extorquens. Assim, foram desenhados primers específicos para 3 linhagens de Methylobacterium e uma linhagem de Methylorubrum extorquens, com a finalidade de quantificar cada uma das linhagens no solo e na raiz de plântulas de soja e milho por qPCR. Além disso, foi feita a identificação dos exsudatos vegetais durante a interação com Methylobacterium por GC-MS e a influência dos exsudatos vegetais na formação de biofilme também foi avaliada. Deste modo, foi observado que as linhagens AR1.6/2 (M. extorquens) e MP2-3 (M. hispanicum), quando inoculadas individualmente, sobreviveram no solo por até 90 dias. Enquanto as linhagens SR1.6/6 (M. mesophilicum) e R16E (M. fujisawaense) apresentaram menor taxa de sobrevivência no mesmo período avaliado, ademais foi visto que no consórcio bacteriano, só a linhagem MP2-3 sobreviveu no solo. Nos experimentos de interação, foi observado que a linhagem SR1.6/6, inoculada individualmente apresentou maior abundância nas raízes de plântulas de soja, e quando inoculada no consórcio, apresentou menor abundância. Em raiz de milho, a abundância das bactérias não diferiu significativamente. A partir das análises de GC-MS, foi observado que plântulas de soja e milho apresentaram perfis diferenciados, sendo que plântulas de milho mostraram maior porcentagem de carboidratos (16%) e ácidos orgânicos (7%), em relação aos exsudatos de plântulas de soja, que apresentaram 14% de carboidratos e 2% de ácidos orgânicos. Durante a interação, houve um aumento na abundância relativa de carboidratos, ácidos orgânicos e aminoácidos tanto em plântulas de soja como de milho. Por último, foi evidenciado que os exsudatos de plântulas de milho induziram a formação de biofilme bacteriano. Os resultados obtidos neste trabalho, evidenciam a influência dos exsudatos na seleção de linhagens específicas de Methylobacterium e ou Methylorubrum, mediante a disponibilização de fontes específicas de carbono. Além disso, é possível sugerir que o sucesso da colonização da planta por Methylobacterium é dependente do metabolismo dessas fontes de nutrientes. |