Percepção dos profissionais da Estratégia Saúde da Família quanto à classificação das famílias: vantagens e desafio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Fracon, Belkiss Rolim Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-12082019-110345/
Resumo: Objetivo: Analisar a percepção dos profissionais de saúde das equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) sobre o conhecimento, a utilização, as vantagens e dificuldades encontradas na aplicação das escalas existentes sobre classificação das famílias (CF). Casuística e Métodos: A percepção dos profissionais foi analisada por meio da aplicação de um roteiro de entrevista semiestruturada a 35 profissionais atuantes nas equipes da ESF das Unidades de Saúde da Família vinculadas a uma universidade em Ribeirão Preto/SP. O roteiro de entrevista possuía variáveis relacionadas ao perfil do serviço de saúde e seus profissionais; o conhecimento e a utilização de instrumentos para a CF e vantagens, críticas e sugestões para a adequação deste instrumento. A análise das variáveis quantitativas foi realizada a partir da estatística descritiva, e para as associações entre variáveis categóricas foram aplicados os testes de Fisher, Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis. A abordagem qualitativa foi realizada por meio da análise de conteúdo na vertente temática, sendo identificados 16 Núcleos de Sentido e três Grandes Temas: \"Característica da Assistência Domiciliar na Perspectiva dos profissionais da ESF\", \"A experiência dos profissionais de saúde na utilização da CF\" e \"Sistema de Informação em Saúde na prática na ESF\". Resultados: O estudo revelou predominância do sexo feminino, com profissionais qualificados para atuar na ESF e médicos e agentes comunitários de Saúde com maior tempo de atuação nessas equipes. Todos os membros da equipe realizavam visitas domiciliares e referiram se utilizarem de alguma estratégia para priorizar os usuários e suas famílias nos seus atendimentos de forma não sistematizada, fosse por lista de pacientes acamados, necessidade de procedimentos, prioridades estabelecidas pelo Ministério da Saúde, ou pelo levantamento das necessidades durante as reuniões de equipe. A maioria conhecia a CF por cores (91%) e 52% dos profissionais utilizavam na prática. \"Dificuldades da aplicação\" foi o Núcleo de Sentido mais citado, devido à inexperiência de sua utilização e limitações do próprio instrumento. O segundo Núcleo de Sentido mais encontrado foi \"vantagens de sua utilização\", relacionado à priorização do cuidado favorecendo a equidade. Com isso, o estudo revelou fortalezas quanto ao processo de trabalho na ESF e fragilidades relacionadas à utilização das CF. Dentre as fortalezas, está a identificação das vulnerabilidades da população favorecendo o acesso do usuário na Atenção Primária em Saúde, sem necessariamente o uso de uma escala formal para classificar as famílias. Já em relação às fragilidades, cita-se a pouca utilização das CFs pelos profissionais de saúde, visto que se tratam de Unidades de Saúde da Família vinculadas à Universidade e com espaços reservados para a Educação Permanente e para o matriciamento das equipes. Conclusão: O estudo, por meio de seus resultados, poderá contribuir para a adequação de novas CFs e também para a melhor formação dos profissionais