Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Forlin, Deisi Cristine |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-05112014-111853/
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Resumo: |
Introdução: O objeto desta pesquisa é a Visita Domiciliar (VD), um dos instrumentos da prática do enfermeiro na Atenção Básica (AB). Práticas em saúde foram compreendidas como trabalho, ou seja, uma atividade previamente intencionalizada para transformar as necessidades de saúde, com a finalidade de aprimorar respostas a elas. Necessidades de saúde foram compreendidas como necessidades de reprodução social dos grupos sociais que conformam a área de abrangência das Unidades de Saúde. A VD na AB é uma prática dirigida à população socialmente marginalizada, com vistas a fiscalizar e controlar comportamentos e hábitos considerados não saudáveis. Pressupõe-se que a VD pode constituir-se como prática emancipatória, ou seja, pode ser implementada a partir da reflexão sobre a origem das necessidades de saúde, para instrumentalizar os sujeitos para acessar seus direitos e lutar por eles, incentivar valores de solidariedade e resgatar a condição humana como condição social. Objetivo: Apresentar a VD, como prática emancipatória na AB. Método: Pesquisa-ação emancipatória, realizada com 12 enfermeiras da Coordenadoria de Saúde Centro Oeste, do município de São Paulo, que participaram de 12 oficinas para a elaboração de um roteiro de VD, que se constituirá em material pedagógico. O processo de elaboração conjunta do roteiro teve início com o aprimoramento conceitual e a reflexão sobre as práticas desenvolvidas pelo enfermeiro na AB. O conteúdo das oficinas, gravado em áudio, foi transcrito e analisado à luz das categorias analíticas processo de trabalho em saúde e necessidades de saúde, propostas pelo campo da Saúde Coletiva. Resultados: O processo de elaboração do roteiro de VD promoveu reflexão e análise crítica das práticas tradicionais da AB, que reduzem a complexidade das necessidades de saúde a problemas e agravos clínicos. Apreenderam as necessidades de saúde como objeto das práticas na AB e expressaram a possibilidade de ampliação dessas, mediante a incorporação dos determinantes sociais do processo saúde-doença ao objeto do trabalho. As participantes identificaram que na AB a finalidade das práticas tem respondido a interesses alheios às necessidades de saúde da população, privilegiando o cumprimento de metas e indicadores pré-estabelecidos por programas ministeriais. O processo foi concluído com a elaboração de um roteiro para VD, como prática emancipatória Conclusão: A pesquisa-ação emancipatória efetivou a elaboração do roteiro de VD emancipatória pelas enfermeiras, por meio da reflexão das práticas tradicionais hegemônicas na AB à luz de conceitos da Saúde Coletiva |