Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1980 |
Autor(a) principal: |
Sudo, Shinobu |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20220208-034524/
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Resumo: |
Estudos realizados a partir de material de cana-de-açúcar com sintomas de raquitismo das soqueiras ("Ratoon Stunting Disease") revelaram a presença de bactérias identificadoras como Erwinia herbicola e Pseudomonas rubrisubalbicans. E. herbicola foi constatada em todas as cultivares trabalhadas: IAC 52/326, Q 28, CP 44-101, CB 41-76, CB 49-260 e IAC 48/65, ao passo que P. rubrisubalbicans só foi detectada nas cultivares IAC 52/326, Q 28 e CP 44-101. A patogenicidade dessas bactérias foi aferida, inoculando-se plantas de cana-de-açúcar, cultivar CP 44-101, que mostraram sintomas internos de descoloração vascular associados ao raquitismo das soqueiras. Avaliações das populações de E. herbicola presentes no caldo extraído da região nodal de colmos de cana-de-açúcar com sintomas da doença revelaram níveis da ordem de 1,2 a 2,8.108 e 0,7 a 3,8.106 células viáveis por mililitro para as cultivares IAC 48/65 e IAC 52/326, respectivamente. Os resultados do estudo sugeriram que E. herbicola deve estar envolvida na etiologia do raquitismo das soqueiras e que P. rubrisubalbicans merece ser melhor investigada sob esse ângulo. E. herbicola revelou estar constantemente associada com material doente, reproduziu parte dos sintomas quando inoculada em cana-de-açúcar e atingiu populações relativamente altas em tecidos do colmo. Isolamentos efetuados após o tratamento térmico de toletes originados de colmos de cana-de-açúcar com sintomas de RSD, a 50,5°C por duas horas, indicaram que esse tratamento foi capaz de proporcionar inativação total de P. rubrisubalbicans, porem, inativação apenas parcial no que tange a E. herbicola. Tratamento térmico em água quente de E. herbicola e P. rubrisubalbicans, "in vitro", revelou que P. rubrisubalbicans é completamente inativada quando submetida à temperatura de 50°C por 20 minutos, enquanto que, para E. herbicola e para igual período de imersão, temperaturas de até 52°C não foram suficientes para inativação total. Para essa última espécie, inativação total somente foi obtida à temperatura de 54°C. Para aquilatar a validade do teste de capim Elefante (MATSUOKA, 1972a) na diagnose do RSD, foram conduzidos vários ensaios, inoculando-se plantas da cultivar Merker dessa gramínea com diversas espécies de bactérias, fungos e leveduras. O capim Elefante reagiu positivamente, através do aparecimento de descoloração vascular, quando inoculado com Erwinia herbicola, E. carotovora, Pseudomonas rubrisubalbicans, P. rubrilineans, P. mori, Xanthomonas albilinenas, Fusarium moniliforme, Candida cruzei, Hansenula anomala e Saccharomyces cerevisiae. Os sintomas internos observados pareceram idênticos àqueles induzidos na planta-teste quando inoculada com caldo bruto extraído de colmos de cana-de-açúcar com raquitismo das soqueiras. Foi observado também que a intensidade da reação do capim Elefante depende do microorganismo inoculado e do número de propágulos presentes no inóculo. A concentração mais baixa capaz de induzir resposta positiva foi de, aproximadamente, 101 propágulos por mililitro de suspensão, conseguida com F. moniliforme. Esses dados somaram evidências de que o capim Elefante reage inespecificamente, por descoloração dos vasos da região dos nós, não sendo, portanto recomendado como indicadora para diagnóstico do raquitismo das soqueiras. |