Equisetum giganteum e Punica granatum Linné associados a adesivo protético: atividade antimicrobiana contra biofilmes de Candida albicans

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Almeida, Nara Lígia Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25150/tde-13092016-101255/
Resumo: Adesivos protéticos inibem a inflamação da mucosa subjacente e podem receber, em sua composição, componentes antimicrobianos, reduzindo o risco do desenvolvimento da estomatite protética (EP), doença relacionada principalmente à colonização das próteses pelo fungo Candida albicans. Tem sido relatada a atividade antifúngica de fitoterápicos, podendo auxiliar no tratamento da EP. Objetivo: Realizar o estudo fitoquímico de substâncias potencialmente ativas de Equisetum giganteum (Eg) (Cavalinha) e de Punica granatum (Pg) (Romã) e avaliar in vitro se a incorporação de extratos hidroalcóolicos de Eg e de Pg a um adesivo protético (COREGA®) influencia no desenvolvimento do biofilme de C. albicans (SC5314) sobre a superfície de resina acrílica termopolimerizável (Lucitone 550). Material e Métodos: Após identificação dos compostos dos fitoterápicos por HPLC-PAD, foi selecionada a fração e a concentração de interesse por meio da concentração inibitória mínima (CIM). Os biofilmes foram induzidos durante 3, 6 ou 12 horas sobre a superfície de corpos de prova de resina acrílica, previamente submetidos ao tratamento com o adesivo associado aos fitoterápicos (AD/Eg ou AD/Pg). Como controles, corpos de prova foram tratados apenas com adesivo (AD), com a associação adesivo/nistatina (AD/Nt) ou não recebam tratamento (PBS). A atividade antimicrobiana foi avaliada por meio da quantificação do biofilme pela contagem de unidades formadoras de colônias por mililitro (UFC/mL) e pelo percentual de redução da atividade metabólica das células fúngicas pelo ensaio colorimétrico de redução de sais de tetrazólio XTT (2,3 Bis (2-Methoxy-4-Nitro-5-Sulfophenil) 5 - [(Phenyl-Amino) Carbonyl] 2H - Tetrazolium Hidroxide). Os resultados foram expressos como média ± desvio padrão, e submetidos ao teste de Kruskal-Wallis para UFC/mL e Mann-Whitney ou análise de variância ANOVA-2 fatores seguido do teste post-hoc de Tukey HSD e teste de Dunnett para XTT. As médias dos valores obtidos pelas duas metodologias (UFC/mL e XTT) foram submetidas ao teste de correlação de Spearman (α= 0,05). Resultados: Foi possível identificar, pela análise em HPLCPAD, compostos derivados de kaempferol e quercetina em Eg e derivados de elagitaninos, como punicalina, em Pg. A associação de ambos os fitoterápicos ao adesivo (AD/Eg ou AD/Pg) reduziram significativamente o biofilme sobre a superfície da resina, em comparação ao grupo AD. Considerando os corpos de prova tratados, o período inicial (3 horas) apresentou os melhores resultados em relação à inibição do crescimento fúngico, comparando-se com os outros períodos. Conclusão: Possivelmente, o potencial antimicrobiano de Eg e de Pg está associado a compostos como flavonoides e taninos, respectivamente. Por fim, é possível que a associação destes fitoterápicos ao adesivo protético COREGA® poderá constituir uma alternativa temporária, viável e inovadora para auxiliar no tratamento e/ou prevenção da EP, desde que a manutenção das propriedades inerentes deste adesivo seja comprovada após estudos posteriores.