Efeito da modificação da superfície de materiais resilientes temporários para base de prótese por Equisetum giganteum na inibição do biofilme de Candida albicans

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Spedo, Cindy Ruiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25146/tde-29112021-102819/
Resumo: O objetivo do presente estudo foi avaliar a efetividade in vitro da modificação superficial de materiais resilientes temporários para base de prótese por Equisetum giganteum sobre o biofilme de Candida albicans ao longo da vida útil desses produtos. Corpos de prova circulares (10 mm x 1 mm) do condicionador tecidual Coe-Comfort e reembasador macio temporário Coe-Soft foram superficialmente modificados pela aplicação de um primer indicado para melhorar a interface de união resina acrílica de base protética/material reembasador (Rite-Line) misturado ou não (controle) às concentrações inibitórias mínimas (CIMs) dos antimicrobianos testados: 0,100 g/mL para o extrato hidroetanólico de E. giganteum e 0,016 g/mL para o fármaco puro nistatina (grama de fármaco por mililitro de primer). Então, o biofilme de uma das cepas de C. albicans (SC 5314 e ATCC 90028) foi formado sobre as amostras nos períodos de 24 h, 7 ou 14 dias. Para a contagem das unidades formadoras de colônias (UFC/mL), a suspensão fúngica foi sequencialmente diluída e plaqueada em Agar Sabouraud Dextrose. Todos os procedimentos foram realizados em triplicatas. A efetividade do tratamento superficial dos materiais pelo fitoterápico foi expressa em porcentagem de inibição fúngica em relação ao controle (apenas primer sem fármaco). Os dados percentuais foram analisados estatisticamente por ANOVA 4 fatores, seguida pelo teste de Tukey (=0,05). A inibição do biofilme fúngico não variou significativamente em função do tipo de material resiliente temporário ou cepa de C. albicans testada (P>0,05). Embora a nistatina tenha resultado em maiores porcentagens inibitórias médias nos períodos de 24 h (100%) e 7 dias (99,63%) em relação ao E. giganteum (24 h: 85,90%; 7 dias: 93,85%) (P<0,05), não houve diferença estatisticamente significante entre os fármacos ao final de 14 dias quando comparados ao controle (E. giganteum: 97,03%; nistatina: 99,99%) (P>0,05). Os resultados mostraram que o E. giganteum foi liberado de forma efetiva e gradual a partir da superfície de materiais resilientes temporários para base de prótese. Como consequência, a efetividade contra o biofilme de C. albicans foi mantida durante ao longo da vida útil desses materiais, que é semelhante ao período do tratamento convencional com antifúngico tópico para estomatite protética (14 dias), sugerindo que esse protocolo pode ser uma alternativa promissora aos fármacos alopáticos destinados a essa terapia.