Adequação protéica em rações com pastagens ou com cana-de-açúcar e efeito de diferentes intervalos entre desfolhas da pastagem de capim Elefante sobre o desempenho lactacional de vacas leiteiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Voltolini, Tadeu Vinhas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
cow
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-09062006-164446/
Resumo: No presente estudo foram efetuados três ensaios. No primeiro, foram comparados os efeitos de teores crescentes de proteína metabolizável (PM), de acordo com o NRC (2001) para vacas lactantes mantidas em pastagens de capim Elefante. Os aumentos em PM foram obtidos com o aumento da proporção de farelo de soja na ração. Foram utilizadas 12 vacas, delineadas em quadrado latino 3 x 3 com quatro repetições, durante 60 dias de avaliação. Não foi observado efeito (P>0,05) sobre a produção de leite e leite corrigido para 3,5% de gordura, teores e produção de gordura, proteína e sólidos totais. Houve aumento linear (P<0,05) nos teores de nitrogênio uréico no leite (11,17; 13,17; 15,63 mg dL-1) e no plasma (18,57; 19,93; 21,99 mg dL-1). No segundo ensaio, foram avaliados os efeitos de dois diferentes intervalos entre desfolhas (95% de interceptação de luz pelo dossel - T1 e 27 dias fixos - T2) das pastagens de capim Elefante sobre o desempenho lactacional de vacas leiteiras. Foram utilizadas oito vacas lactantes, delineadas em cross-over, durante 80 dias. Os dados das pastagens foram analisados através de delineamento inteiramente casualizado com medidas repetidas no tempo. Foi observado maior (P<0,05) altura do dossel em pré (1,03 e 1,21m) e pós-pastejo (0,62 e 0,71m), interceptação de luz pelo dossel (95,47 e 97,91%), teor de fibra em detergente ácido (35,88 e 37,05%) e fibra em detergente neutro (65,08 e 66,99%). Não houve efeito dos tratamentos (P>0,05) sobre a massa de forragem em pré (6.270 e 6.310 kg de MS ha-1) e pós-pastejo (3.580 e 3.850 kg de MS ha-1). Houve tendência de maior produção de leite (16,72 e 14,09 kg dia-1), produção de gordura (0,64 e 0,54 kg dia-1), lactose (0,72 e 0,58 kg dia-1) e de sólidos totais (2,04 e 1,70 kg dia-1) para o T1 em comparação com o T2. No terceiro estudo, foram avaliados os efeitos de três estratégias de suplementação protéica nas rações (isoprotéicas) com cana-de-açúcar para vacas em lactação, em dois níveis de produção, 18 kg dia-1 (T1, T2 e T3) e 10 kg dia-1 (T4, T5 e T6). No T1 e T4, foi usado o teor de 1 kg de uréia para cada 100 kg de cana-de-açúcar in natura, no T2 e T5 as rações foram formuladas com teores ajustados de PM, enquanto no T3 e T6 havia teores excessivos de PM, conforme o NRC (2001), através do aumento em farelo de soja e redução na uréia. Para a análise dos dados foi utilizado o delineamento em quadrado latino 3 x 3 com três replicações. Não houve efeito dos tratamentos (P>0,05) sobre o consumo de matéria seca, produção de leite, teor de gordura, proteína e sólidos totais. Também não houve efeito dos tratamentos (P>0,05) sobre os teores de nitrogênio uréico no leite (13,42; 13,26; 14,03 e 13,62; 13,48; 14,12 mg dL-1) e no plasma (19,03; 19,22; 20,02 e 19,23; 19,32 e 20,12 mg dL-1), para ambos os grupos avaliados.