Teor de proteína no concentrado de vacas em lactação mantidas em pastagens de capim elefante

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Danés, Marina de Arruda Camargo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-21102010-155355/
Resumo: As práticas de manejo das pastagens tropicais recomendadas para utilização intensiva da planta permitem ao animal colher material de boa qualidade. O objetivo do trabalho foi avaliar se a proteína bruta (PB) proveniente do capim seria suficiente para atender as exigências de vacas leiteiras no terço médio da lactação, tornando desnecessária a utilização de suplementos protéicos no concentrado. Buscou-se também a caracterização da PB do capim e a adequação protéica da dieta, visando otimizar a eficiência de utilização do nitrogênio. No primeiro estudo, 33 vacas holandesas e mestiças (HPBxJersey), no terço médio da lactação, produzindo em média 20 L dia-1, foram agrupadas em 11 blocos, de acordo com composição racial, dias em lactação e produção de leite e receberam suplemento concentrado com três níveis de PB durante 76 dias. Os concentrados continham milho moído fino, minerais, vitaminas e os três níveis de proteína (T1: 8,7%; T2: 13,4%; T3: 18,1% MS) foram obtidos substituindo-se parte do milho por farelo de soja. O capim elefante foi adubado com 50 kg N ha-1 por pastejo e apresentou teor médio de PB de 18,5%. As produções de leite e de leite corrigido para 3,5% de gordura, os teores e produções de gordura, proteína e caseína no leite, a síntese de proteína microbiana e o consumo de matéria seca (CMS) não foram influenciados (P>0,05) pelos teores de PB dos concentrados. A concentração de nitrogênio uréico no leite aumentou linearmente (P<0,01) com o aumento dos teores de PB dos concentrados. A excreção de N pela urina foi maior (P<0,05) para os concentrados contendo farelo de soja (T2 e T3) em relação ao concentrado contendo apenas milho (T1). No segundo estudo, 4 vacas holandesas secas, fistuladas no rúmen, foram distribuídas em um quadrado latino 4x4 e submetidas aos mesmos tratamentos do primeiro estudo, acrescidos de um quarto concentrado (T4) com 13,4% de PB, tendo uréia como fonte de nitrogênio. O CMS foi maior para o T4 (P<0,05), sugerindo deficiência de PDR nos outros tratamentos. Entretanto, essa hipótese não foi confirmada pelos parâmetros ruminais (pH, e ácidos graxos de cadeia curta) e síntese microbiana, que não sofreram efeito dos teores e fontes de PB no concentrado. A concentração de N amoniacal no rúmen foi menor (P<0.05) para T1 do que para os demais tratamentos. A excreção total de N no ambiente acompanhou numericamente o teor de PB dos concentrados, mas as diferenças não foram detectadas pela análise estatística. O terceiro estudo utilizou os mesmos animais e tratamentos do segundo para avaliar a cinética de degradação ruminal da MS, PB e FDN do capim por meio de ensaio in situ. Os concentrados protéicos (T2, T3 e T4) não melhoraram a degradação ruminal do capim, em relação ao concentrado energético (T1), confirmando que a proteína do pasto foi suficiente para maximizar a fermentação ruminal. O fornecimento de farelo de soja no concentrado de vacas em terço médio de lactação, mantidas em pastagens tropicais manejadas intensivamente, não resultou em nenhum benefício produtivo e aumentou a excreção de N no ambiente.