Efeitos da ablação por radiofrequência das veias safenas e perfurantes insuficientes em portadores de úlcera venosa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Puggina, Juliana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5177/tde-23082021-105817/
Resumo: Objetivo: Analisar o efeito da ablação endovenosa com radiofrequência (RFA) das veias superficiais insuficientes em portadores de úlcera venosa ativa em comparação com o tratamento compressivo isolado. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico aberto, prospectivo, controlado e randomizado, com alocação dos participantes em dois grupos: grupo experimental (RF), em que foi realizada a terapia compressiva com curativo compressivo multicamadas associada à RFA das veias safenas e perfurantes insuficientes, e grupo controle (CR), em que foi realizada a terapia compressiva isolada. O desfecho primário foi a taxa de recorrência da úlcera após 12 meses de seguimento. Os principais desfechos secundários foram as taxas de cicatrização da úlcera em 6, 12 e 24 semanas; a velocidade de cicatrização; a avaliação da qualidade de vida 2 semanas pós intervenção e após a cicatrização da úlcera e a análise de custoefetividade da RFA. Resultados: Foram randomizados 56 indivíduos, 27 para o grupo RF e 29 para o grupo CR. Houve apenas um caso de recorrência de úlcera no grupo RF. Já? no grupo CR, 44,8% dos participantes apresentaram recorrência de úlcera (Hazard Ratio - HR 0,083; IC 95% 0,011 - 0,0632; p<0,001). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos nas taxas de cicatrização. A velocidade de cicatrização foi maior no grupo RF (0,739 ± 0,498 cm2/semana) comparado ao grupo CR (0,495 ± 0,409 cm2/semana; p=0,049). Nas avaliações de qualidade de vida, houve diferença significante em favor do grupo RF tanto após 2 semanas do início do tratamento quanto após a cicatrização da úlcera (p < 0,001). O custo total para a cicatrização de uma úlcera venosa foi significativamente maior para o grupo RF. Porém, essa diferença se mostrou custo-efetiva nas análises que agregaram os valores monetários ao sucesso dos desfechos. Conclusão: A RFA das veias safenas e perfurantes insuficientes associada à terapia compressiva foi capaz de diminuir a taxa de recorrência e aumentar a velocidade de cicatrização das úlceras venosas, além de causar um impacto positivo na qualidade de vida dos portadores da doença. A técnica se mostrou custo-efetiva em comparação com o tratamento padrão, baseado na terapia compressiva isolada.