Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Barbosa, Ana Amália Tavares Bastos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27160/tde-22052013-164504/
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Resumo: |
Este estudo analisa o trabalho de Artes Visuais desenvolvido durante três anos, de 2008 a 2010 com seis crianças que tiveram paralisia cerebral e outras lesões cerebrais no nascimento. As crianças tinham entre 7, 8 e 9 anos na época. O objetivo principal das aulas de arte foi o de desenvolver os sistemas proprioceptivo e exteroceptivo. O sistema proprioceptivo é definido como a percepção do corpo no espaço e da relação dos segmentos do corpo entre eles. O sistema exteroceptivo é definido como a ação dos sentidos da visão, audição, sensibilidade da pele, cheiro e sabor. Desenvolvi um projeto que trabalhou a relação do corpo no espaço mas ao mesmo tempo era voltado especificamente para o desenvolvimento da percepção, tentando envolver todos os sentidos.. Outra preocupação foi a inclusão cultural dessas crianças levando-os para exposições e espaços culturais. O desenvolvimento da consciência corporal e da alfabetização cultural estava associado não só com a visita a instituições culturais, mas também com a apresentação de obras de artistas e a presença de artistas convidados para trabalhar com eles na sala de aula.Começamos com o desenho do contorno dos corpos em papel, pintura e fotografia.Continuamos usando o corpo, desta vez como um pincel, depois de assistirmos ao vídeo de Yves Klein, no qual as bailarinas com corpos pintados produziam pinturas na tela com seus corpos. Continuamos, ao convidar um artista para pintar seus rostos. A relação do corpo,da cadeira de rodas e do espaço continuou sendo explorada através da visita ao Instituto Tomie Ohtake e outras visitas como ao Jardim de Esculturas do Parque da Luz e à Exposição de Arte para Crianças no SESC Pompeia, onde eles exploraram uma reinterpretação do Quadrado Mágico n.5 de Hélio Oiticica. Todas as crianças usam cadeiras de rodas, alguns não falam e têm dificuldade de ver. A professora também está em cadeira de rodas, não fala. E tem defict visual. Tinha que ir às instituições antes da visita dos estudantes para verificar a acessibilidade e a receptividade.. A preparação para as visitas também envolveu o entendimento anterior com as instituições e os seus serviços educacionais. Desde 2008 os professores da ONG Nosso Sonho, onde este estudo foi realizado, estão trabalhando para a alfabetização deste grupo de crianças. A neurobiologia considera que passada a idade adequada para a alfabetização torna-se mais difícil aprender a ler e escrever. É necessário uma reabilitação através do desenvolvimento integrado dos sentidos. Baseei-me em varias fontes entre elas também em Hélio Oiticica para projetar as atividades para desenvolver a percepção do corpo inteiro e em John Dewey para apoiar a ideia de experiências provocadas. |