Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Tonetto, Isabela Fernandes de Aguiar |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-13112023-143535/
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Resumo: |
Introdução: O cuidado paliativo é uma abordagem que visa melhorar a qualidade de vida de indivíduos, adultos e crianças e seus familiares, que convivem com doenças que ameaçam a vida. As pessoas em cuidados paliativos podem apresentar quadros de infecção devido a imunossupressão, presença de comorbidades, desidratação e ressecamento da pele, diminuição da função dos neutrófilos e da imunidade celular, pelo uso de corticoides, além da caquexia. As infecções podem provocar sintomas como fadiga, dor, desconforto e representam um grande desafio no cuidado. Os indivíduos com esse quadro demandam ações de enfermagem específicas mediante as terapias propostas pela equipe multiprofissional. Objetivo: Analisar como ocorre o manejo de infecções nos pacientes em cuidados paliativos em fase final de vida e processo ativo de morte em dois serviços hospitalares de saúde. Método: Trata-se de um estudo observacional, analítico e retrospectivo, que foi realizado em dois hospitais localizados no município de Ribeirão Preto, estado de São Paulo, que prestam atendimento a indivíduos em cuidados paliativos e seus familiares. Foram incluídos os prontuários de indivíduos em cuidados paliativos em fase final de vida ou processo ativo de morte, de ambos os sexos, com idade superior a 18 anos, que foram diagnosticados com infecção no período de janeiro a dezembro de 2019 em sua última internação antes do óbito. Foram coletadas, dos prontuários, informações referentes às variáveis sociodemográficas, clínicas e as ações implementadas pela equipe de enfermagem. Resultados: A amostra foi constituída por 113 prontuários, nos quais o diagnóstico oncológico foi o mais prevalente. Houve predominância do diagnóstico clínico para infecção, sendo o foco principal o pulmonar, em indivíduos em fase final de vida. A terapia antimicrobiana foi indicada para 97,3% dos casos. A mediana da duração da antibioticoterapia foi de 7 dias para os indivíduos em fase final de vida e de 2 dias para aqueles em processo ativo de morte. Já o tempo decorrido do início da antibioticoterapia até o óbito foi de 9 dias para os indivíduos em fase final de vida e de 2 dias para aqueles em processo ativo de morte. As intervenções de enfermagem mais frequente foram aferição de sinais vitais, cuidados com a pele e mudança de decúbito; e os procedimentos mais frequentes realizados pela enfermagem foram troca de fralda, punção venosa para inserção de cateter e punção venosa para coleta de exames. Conclusão: O manejo da infecção nos pacientes em cuidados paliativos em fase final de vida e processo ativo de morte ocorre por meio de cuidados e procedimentos que geram desconforto físico, entretanto visando o alívio dos sintomas. Além disso, nota-se a alta frequência de prescrição de antibióticos, principalmente pela via endovenosa. Tais achados devem ser documentados, uma vez que nos convida a refletir sobre nossas atitudes práticas e sobre o que significa estar confortável para essas pessoas, possibilitando incorporar esta informação no desenho de intervenções focadas para potencializar a experiência de conforto. |