Estudo clínico, radiográfico, microscópico e terapêutico de ameloblastomas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Rocha, André Caroli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23139/tde-09042009-112728/
Resumo: Introdução: O ameloblastoma é uma neoplasia odontogênica invasiva localmente e de grande significado clínico. Este estudo avaliou o tratamento do ameloblastoma comparando dois métodos terapêuticos: curetagem e curetagem seguida de crioterapia. Método: análise retrospectiva de 53 pacientes portadores de ameloblastoma tratados no Serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo entre 1997 e 2006. Dados demográficos, clínicos, radiográficos e histopatológicos foram analisados. Análise estatística foi realizada para avaliar diferenças na ocorrência de recidiva entre os dois tipos de tratamento conservador e outras variáveis referentes ao tumor. Resultados: 25 pacientes eram homens e 28 mulheres, com idade média de 27,1 anos. A mandíbula foi afetada em 49 casos (92,5%). Radiograficamente, a imagem mais comum foi a multilocular (67,3%). O tamanho radiográfico médio das lesões foi de 62 mm (5 a 115 mm). Os padrões histopatológicos predominantes foram o folicular e o plexiforme com 17 casos (32,1%) cada, seguido pelo misto com 11 casos (20,8%). Ameloblastoma unicístico representou 11,3% da amostra com seis casos. O tratamento consistiu de curetagem seguida de crioterapia em 30 casos (56,6%), curetagem em 18 (33,9%), mandibulectomia segmentar em quatro (7,6%) e ressecção de partes moles em um (1,9%). Não houve diferença estatística no índice de recidiva entre as duas formas de tratamento conservador. Localização, tipo histopatológico, aspecto radiográfico e histórico de tratamento prévio do tumor não tiveram relação com índice de recidiva. Deiscência foi a complicação mais freqüente em ambos os tratamentos. Fratura patológica da mandíbula e formação de seqüestro ósseo foram complicações associadas predominantemente com a crioterapia, quando comparadas à curetagem. Conclusão: A taxa de recidiva do ameloblastoma tratado por curetagem (5,5%) e curetagem seguida de crioterapia (10%) foi baixa em comparação com a maioria dos estudos da literatura. Recidivas diagnosticadas e tratadas em tempo oportuno não representaram insucesso do tratamento.