Análise imunohistoquímica da mutação BRAF V600E em ameloblastomas mandibulares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Canto, Alan Motta do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23139/tde-05062017-104621/
Resumo: O ameloblastoma é um tumor odontogênico agressivo, localmente invasivo e altamente recorrente. Estudos demonstram que é a neoplasia odontogênica benigna mais comum e eventualmente pode apresentar comportamento de lesões malignas. A detecção da mutação BRAF V600E tem sido demonstrada como uma das principais vias de proliferação tumoral dos ameloblastomas. Portanto, a identificação desses marcadores poderão ser úteis para elaborar estratégias mais eficientes de tratamento dessa patologia, bem como melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Este estudo pesquisou a mutação BRAF V600E, por meio da técnica de imunohistoquimica, em ameloblastomas mandibulares bem como correlacionou com dados clínicos e imaginológicos relevantes. A amostra consistiu de 84 casos diagnosticados como ameloblastoma e localizados na mandíbula dos acervos do Serviço de Patologia Cirúrgica do Departamento de Estomatologia da FOUSP e do Serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial do Hospital Erasto Gaertner, Curitiba, PR. Os blocos obtidos foram submetidos a reação imunohistoquímica para detectar a mutação da proteína BRAF e foram coletados todos os dados clínicos e imaginológicos dos pacientes como sexo, idade, tamanho do tumor, localização mandibular, aspecto radiográfico, tipo e subtipo histológico e status do tumor. Análise estatística foi realizada buscando estabelecer correlação entre o marcador BRAF e dados clínicos e imaginológicos. Como resultados, dos 84 pacientes, 44 eram pacientes do sexo masculino (52,38%) e 40 feminino (47,62%). A mediana da idade encontrada foi de 25,5 anos sendo que em 42 casos foi observada idade inferior a mediana (50%) e 42 superior (50%). Com relação a presença ou ausência da mutação BRAF V600E, 66 casos apresentaram positividade para o marcador estudado (78,57%) e 18 foram negativos (21,43%). Ao relacionar a expressão de BRAF com as variáveis, foi observado significância estatística para a variável localização (P= 0,0353) e tamanho do tumor (P=0,008). Não foi observado resultados com significância estatística com relação às variáveis sexo (P=0,969), idade (P=1,0), aspecto radiográfico (P=0,977), padrão histológico (P=0,910), subtipo histológico (P=0,5141) e status do tumor (P=0,336). Os autores concluíram que a mutação BRAF V600E é comum em ameloblastomas mandibulares e é mais frequente tumores maiores de 4 cm e na região posterior de mandíbula. Além disso, independe do tipo histológico do tumor, idade e sexo do paciente, aspecto radiográfico e status do tumor (primário x recorrente).