Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Peruzzi, Lidiane Maira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-26092017-201351/
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Resumo: |
A passagem de plantão é um recurso estratégico para a organização dos cuidados de enfermagem, que permite a continuidade da assistência efetiva. Trata-se de uma atribuição do enfermeiro, que precisa desenvolver a competência em comunicação para coordenar, organizar e realizar a passagem de plantão. A reconfiguração do papel do hospital, importância da integralidade e continuidade do cuidado, relevância da temática para o trabalho do enfermeiro e da equipe de enfermagem e a carência da produção científica sobre a passagem de plantão na atenção hospitalar justificaram a realização desta pesquisa. O objetivo foi identificar potencialidades e limitações da passagem de plantão de enfermagem na atenção hospitalar. Trata-se de estudo descritivo, abordagem qualitativa, utilizando Técnica do Incidente Crítico. Desenvolvido nas Unidades Funcionais da Neurologia e Clínica Cirúrgica, de hospital público universitário, referência para atenção às urgências e emergências, em município da região nordeste do Estado de São Paulo. Os participantes foram enfermeiros que atenderam aos critérios de inclusão: ser profissional nos serviços selecionados, não estar direta ou indiretamente envolvido com o estudo e estar presente na unidade à época da coleta de dados, e foram critérios de exclusão: estar ausente da unidade em decorrência de afastamentos de qualquer natureza. Para coleta de dados, foram realizadas entrevistas semiestruturadas, gravadas, transcritas integralmente. Para análise, foi utilizada a estatística descritiva e para os relatos utilizou-se a análise de conteúdo. Foram encontradas 76 situações, 103 comportamentos e 126 consequências. As situações tiveram predomínio de referências negativas (73,7%), agrupadas em quatro categorias: comunicação, interrupções na passagem de plantão, aspectos ambientais e aspectos organizacionais. Os comportamentos tiveram maioria de referências negativas (63,1%), agrupados em quatro categorias: comunicar, interromper a passagem de plantão, questionar a estrutura de trabalho e utilizar recursos tecnológicos. As consequências concentraram referências negativas (65,8%), agrupadas em quatro categorias: comunicação, tempo, organização do trabalho e relações interpessoais. As referências positivas foram entendidas como potencialidades e as referências negativas como limitações para a passagem de plantão. Nesse sentido, pode-se afirmar que os resultados referentes a situações, comportamentos e consequências evidenciam predomínio de limitações para a passagem de plantão incluindo as interrupções, falhas na comunicação, ausência de um local adequado para a realização da passagem de plantão e extensão na carga horária de trabalho, que podem repercutir em fatos inadequados para o atendimento ao usuário, tais como possibilidade de erros, duplicação/repetição de cuidados ou supressão destes inadvertidamente. Cabe destacar que, embora menos frequentes, as referências potencializadoras da passagem de plantão dizem respeito à comunicação em sua forma, foco, objetividade e conteúdo, as informações, utilização de recursos que facilitam a transmissão de informações e ambiente adequado. Os resultados permitiram um diagnóstico situacional sem, contudo, avançar para proposição de sugestões e intervenções, uma vez que a construção conjunta com os implicados das respectivas unidades pode estimular o processo participativo, criativo e de corresponsabilização. É preciso resignificar a passagem de plantão como parte das atividades de enfermagem, inserida em contexto institucional, que produz impacto para a equipe de enfermagem e multiprofissional, mas acima de tudo para os usuários |