Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Tomaz, Wanderson Borges |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-11102024-142800/
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Resumo: |
A pandemia de Covid-19 exigiu reorganizações na organização dos serviços de saúde, tanto no setor público como no setor privado, desde ações de prevenção dos agravos até o tratamento de pacientes graves. As fragilidades crônicas do sistema de saúde foram agudizadas e houve o surgimento de novas demandas assistenciais e de gestão tanto para o atendimento aos pacientes, quanto para a progressão da equipe de enfermagem e fornecimento de materiais, dentre outros. Este estudo teve como objetivo analisar, segundo a perspectiva de coordenadores de enfermagem, as potencialidades e limitações do gerenciamento de enfermagem no ambiente hospitalar em um período de crise sanitária causada por uma pandemia. Trata-se de estudo descritivo, de abordagem qualitativa, utilizando a técnica do incidente crítico. Os participantes foram vinte enfermeiros que atuaram na Coordenação das Unidades Assistenciais de um Hospital Universitário do interior de Minas Gerais durante uma pandemia. As entrevistas semiestruturadas ocorreram no período de junho a setembro de 2023, foram gravadas pelo celular, salvas em drive on-line e transcritas pelo próprio pesquisador. Posteriormente, fizemos a sistematização e análise dos dados, utilizando planilhas eletrônicas no Microsoft Excel, para categorização das situações, dos comportamentos e das consequências referentes aos incidentes críticos, bem como análises sobre os aspectos que potencializaram e dificultaram o gerenciamento da equipe de enfermagem na pandemia. A pesquisa cumpriu os preceitos éticos da Resolução 466/12. Os participantes são predominantemente do sexo feminino (90%), e há um maior número de profissionais na faixa etária entre 40 e 45 anos (40%); grande parte dos participantes enfermeiros (40%) possui mestrado como tipo de pós-graduação stricto sensu e 75% dos enfermeiros têm mais de 20 anos de profissão; não há nenhum com menos de dez anos de formação. As entrevistas emergiram 83 situações, das quais 38 (46%) receberam atribuições positivas e 45 (54%) negativas, que foram sintetizadas nas categorias: Gestão de Pessoas, Condições Estruturais e Aspectos Emocionais. Foram identificados 229 comportamentos, sendo 111 (48%) positivos e 118 (52%) negativos, agrupados nas categorias: acolher a expressão de emoções da equipe; desenvolver a capacitação dos profissionais; utilizar instrumentos gerenciais de enfermagem; gerenciar aspectos estruturais para a operacionalização do trabalho; operacionalizar o trabalho colaborativo em equipe; realizar dimensionamento e distribuição de pessoal. Foram encontradas 155 consequências, 88 (57%) positivas e 67 (43%) negativas identificadas nas categorias Gestão de Pessoas, Interação entre profissionais e Organização do trabalho. Os resultados evidenciam como limitações para o gerenciamento de enfermagem: desconhecimento da doença levando ao adoecimento mental da equipe e situações de medo e insegurança, sobrecarga de trabalho, subdimensionamento da equipe, estrutura física não adequada, desabastecimento de insumos e EPI, adoecimento e óbito de profissionais, esgotamento e diminuição da qualidade assistencial, entre outros. Foram identificadas como potencialidades para o gerenciamento: o fortalecimento e união da equipe, utilização de estratégias para suporte emocional na escuta e acolhimento de profissionais, produção científica rápida, troca de experiências, contratação emergencial de trabalhadores e reorganização das áreas físicas. |