Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1995 |
Autor(a) principal: |
Luz, Pedro Henrique de Cerqueira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20210104-160157/
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Resumo: |
A calagem em pomares de citros está se tomando uma prática necessária uma vez que a acidez dos solos, sobre os quais se encontram, é um problema marcante. Desta forma, a presente pesquisa foi conduzida em um Podzólico vermelho amarelo distrófico, em Monte Azul Paulista SP, com a laranjeira Pera do Rio (Citrus sinnensis L. Osbeck) sobre limoeiro Cravo (Citrus limonia L. Osbec.k), com o objetivo de avaliar os efeitos de modos de aplicação e incorporação de calcário e gesso, sobre os atributos químicos do solo, de planta bem como da aplicação. O delineamento experimental empregado foi o de blocos ao acaso, com 4 repetições, sendo os tratamentos em esquema fatorial 3x2x2, testando-se os modos de aplicação de calcário a lanço e em faixa, com e sem incorporação e com e sem gesso. A parcela experimental constou de 3 linhas de 6 plantas, sendo considerada como úteis as 4 plantas da linha central, guardando-se uma planta no início e outra no final como bordadura, sendo o espaçamento dos citros 8,0m entrelinhas e 4,0m. entre plantas na linha. O tamanho da parcela foi consequência do fato da aplicação e incorporação dos corretivos serem mecanizadas. A aplicação dos tratamentos ocorreu em setembro de 1991, estando o pomar com 4 anos, sendo colhidas as 3 safras seguintes (1992, 1993 e 1994), tanto para época normal bem como para a temporã, além de serem feitas amostragens de solo em dois locais e três profundidades, e coletas de folha em março de 1992 e abril de 1993. Os modos de aplicação testados interferiram no perfil transversal de aplicação, tanto no aspecto quantitativo, através das doses aplicadas, bem como nos qualitativos, afetando a simetria de aplicação e implicando na segregação. O modo em faixa atingiu a dosagem esperada na faixa não deixando de distribuir o calcário no centro da entrelinha, porém em doses menores, por outro lado, o a lanço, concentrou o calcário na entrelinha, ficando a faixa da projeção da copa com taxa de aplicação abaixo da desejada. A segregação foi maior para a aplicação a lanço, refletindo-se no valor do Poder Relativo de Neutralização Total - PRNf, conduzindo a potenciais diferenciados de reação do calcário no solo, na largura trabalho adotada. Os modos de aplicação provocaram efeitos significativos sobre os atributos químicos do solo, para as variáveis relacionadas à calagem. Os teores de Ca diferiram entre locais, na aplicação em faixa, sendo superior na copa em comparação à entrelinha, o que não foi observado para o modo a lanço. A gessagem promoveu aumentos nos teores médios de Ca, nas duas épocas, promovendo a movimentação deste em profundidade na segunda época. O Mg apresentou comportamento semelhante ao do Ca. De uma maneira geral, ocorreu redução nos valores de Ca e Mg, entre as épocas, principalmente na posição da copa, evidenciando a acidificação que ocorre devido à adubação, o que foi confirmado pelos dados do pHCaCl Essas alterações refletiram na saturação por bases V(%), sendo portanto afetada pelos modos de aplicação, atingindo para a camada de 0- 20cm na primeira época valor de cerca de 60%, tendo os valores reduzidos na segunda amostragem. Notou-se efeito favorável da calagem sobre a retenção de K no solo. A CTC teve seu valor aumentado, nas duas épocas, devido à calagem e entre locais, foi maior na copa que na entrelinha. A gessagem elevou significativamente os teores de SO4, bem como promoveu um gradiente crescente com a profundidade, enquanto que a incorporação levou a redução do mesmo. Para o A1 a gessagem não manifestou efeito na primeira época, porém conduziu a redução nos seus teores na segunda, ao contrário da incorporação cujo efeito significativo, no sentido de diminuir os teores foi na primeira época. Para local, na primeira época não houve distinção entre copa e entrelinha, no entanto, na segunda os teores foram superiores na copa, posição mais sujeita à acidificação devido às adubações. O modo de aplicação a lanço levou a maior redução do A1 na entrelinha, enquanto que o em faixa o fez na copa. A saturação por A1 teve o mesmo comportamento do A1. O estado nutricional da laranjeira Pera do Rio foi afetado pelos fatores testados, de forma tal que a gessagem promoveu acréscimos nos teores foliares de Ca e redução para o Mg, na primeira época, refletindo na relação Ca/Mg elevando-a nas duas épocas, bem como na Ca/K somente na última. Para o S observou-se tendências de acréscimos na segunda época. A incorporação refletiu na relação Ca/K no sentido de eleva-la. Embora os tratamentos tivessem provocado efeitos sobre os atributos químicos de solo, com reflexos no estado nutricional da planta, não se detectaram efeitos destes sobre a produção. Por outro lado, a incorporação proporcionou alterações nos aspectos fisicos dos frutos, através da redução do diâmetro e comprimento, que levaram ao menor peso por fruto, sem, no entanto, afetar a produtividade, além disso provocou uma queda na relação Brix/acidez (ratio), fato ocorrido somente na primeira safra. Tal comportamento sugere que se deva evitar o uso de tal prática. |