Interfaces da psicologia e da educação nos processos de envelhecimento: entre horizontes e jornadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Costa, Maraiza Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48138/tde-23052022-095727/
Resumo: A tese intitulada Interfaces da Psicologia e da Educação nos processos de envelhecimento: entre horizontes e jornadas inscreve-se na área de concentração Educação, Linguagem e Psicologia do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de São Paulo e tem como objetivo principal compreender os projetos de vida de adultos e idosos e o papel da educação e da busca pelo conhecimento na organização desses projetos. A partir da contribuição teórica de diversos autores, conceituamos projetos de vida como intenções de um sujeito (ou de um grupo) que negocia, de modo dinâmico e singular, com a realidade concreta e que, a partir disso, mobiliza modos significativos de ser e/ou agir no mundo, tendo em vista o que conhece sobre si mesmo e a partir das contradições do contexto em que vive. Os horizontes que mencionamos no título referem-se aos direitos que ainda não alcançamos enquanto sociedade: o inédito viável (FREIRE, 2013a) de uma educação acessível a todos, independentemente da idade. E as jornadas se referem aos segmentos dos percursos de vida dos participantes da pesquisa, analisados a partir da teoria dos Modelos Organizadores do Pensamento (MORENO; SASTRE; BOVET; LEAL, 1999). Buscando problematizar a triangulação entre projetos de vida, envelhecimento e educação, realizamos duas etapas de pesquisa: questionários com 118 pessoas com idade entre 55 e 91 anos, e entrevistas com dez adultos e idosos que voltaram a estudar, no nível superior e pós-graduação, após os 55 anos. Esse estudo, de caráter exploratório, indicou que os projetos de vida que se convergem em elementos centrais relacionados à busca pelo conhecimento parecem estar relacionados a níveis mais altos de satisfação com a vida. Análises qualitativas mostraram que a inserção no contexto educativo possibilita a ressignificação de histórias de vida, bem como a construção de novas perspectivas de futuro e sentidos de vida. Nossos resultados confirmam a urgência da construção de um projeto social de educação que seja para além de uma função mercadológica e que seja possível para todos, independentemente da idade.