Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Costa, Carlos Rerisson Rocha da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-13042016-160903/
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Resumo: |
Este trabalho analisa a expansão do turismo no litoral do Maranhão a partir da apropriação dos fundos territoriais induzida pelo Estado por meio de suas políticas de turismo. Nesse processo, estes espaços são tratados como estoques de território para a expansão da acumulação de capital, meio para futuras expansões de usos hegemônicos do território. Discute-se a particularidade do litoral enquanto espaço apropriado para o lazer, destacando a expansão de seu uso turístico e os processos relacionados à inserção do Maranhão em tal dinâmica. As políticas e os planos dedicados ao desenvolvimento do turismo são apresentados como instrumentos de indução do uso turístico do território, evidenciando o papel do Estado na expansão desta atividade em espaços periféricos. Os municípios de Barreirinhas, Guimarães e Carutapera, identificados como representativos do movimento de expansão em curso e caracterizados por configurações distintas nesse processo, dão base às análises realizadas acerca da apropriação dos fundos territoriais para o turismo no litoral do Maranhão. A análise proposta situa a atividade turística no âmbito do desenvolvimento geográfico desigual, na geografia histórica do capitalismo, tendo como realidade concreta a periferia, onde a expansão do turismo tem encontrado espaço para investimentos em infraestruturas, aplicação de capitais na aquisição de terras, ampliação do mercado de redes hoteleiras, companhias aéreas, agências e operadores de turismo, além de uma série de atividades de cunho especulativo. O uso turístico do território do Maranhão é proposto a partir dos anos 2000 circunscrito prioritariamente ao litoral. O processo de expansão do turismo litorâneo analisado direciona-se para além da capital, São Luís, e seu entorno, consolidando a exploração turística dos Lençóis Maranhenses e induzindo-a em ritmos desiguais aos demais municípios litorâneos, sobretudo àqueles com características ambientais amazônicas. Configura-se assim o Maranhão como a fronteira de expansão do turismo no litoral setentrional do Brasil, processo que se dá acompanhado de diversos problemas, conflitos e contradições. |