Pré-seleção de “Seedlings” de cana-de-açúcar resistentes a Ustilago scitaminea, pela inoculação das “sementes”

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1978
Autor(a) principal: Silva, Wilson Marcelo da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20200111-142555/
Resumo: O presente trabalho propõe um novo sistema de obtenção de clones de cana-de-açúcar resistentes ao fungo U. scitaminea, denominado PRÉ-SELEÇÃO DE “SEEDLINGS” DE CANA-DE-AÇÚCAR RESISTENTES A Ustilago scitaminea, PELA INOCULAÇÃO DAS “SEMENTES”. Difere fundamentalmente daqueles postos em pratica em todos os centros de melhoramentos genéticos da cana-de-açúcar. Tem por objetivo principal a produção, anualmente, de milhares de clones resistentes ao U. scitaminea, a curto prazo e baixo custo, tanto operacional como do material a ser descartado pela suscetibilidade à doença. Foi determinado qual a melhor técnica e substratos para inoculação das “sementes” sexuais por U. scitaminea, assim como, a técnica da inoculação das “sementes” em condições de câmara úmida. Avaliaram-se os efeitos das diferentes concentrações de esporos e de suas interações com diferentes substratos e progênies em relação à porcentagem de germinação das “sementes” sexuais, mortalidade dos “Seedlings” apos o transplante, bem como do Índice de doença. Foram determinados por processo de inoculação das gemas a eficiência do processo proposto. Avaliou-se, também, a correlação entre a resistência a U. scitaminea nas fases juvenil e adulta, utilizando quimioterapia e termo terapia na recuperação dos “Seedlings” doentes na fase juvenil. Na determinação da correlação, utilizaram-se diversas técnicas de inoculação das gemas, assim como o efeito da termoterapia sobre a vulnerabilidade da gema em relação a U. scitaminea. Procurou-se ter idéia da herdabilidade de resistência a U. scitaminea através de testes dos progenitores e progênies. Os estudos foram realizados, de 1972 a 1977, e foram conduzidos, parte no laboratório e casa de vegetação do Departamento de Fitopatologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo, e a maioria nos laboratórios, campos e casa de vegetação das Estações Experimentais de Cana Copersucar Piracicaba (SP) e Itamogi (PR). Os primeiros “Seedlings” exibindo o chicote, originados pela infecção das “sementes” sexuais da cana-de-açúcar conseguidos no Brasil, foram obtidos em 1972 pelo autor do presente trabalho. Após a apresentação e discussão dos resultados, e nas condições do presente trabalho, podem ser tiradas as seguintes conclusões: 1. Nas análises de “sementes” sexuais e esporos de U. scitaminea encontraram-se fungos potencialmente patogênicos às “sementes” e “Seedlings” da cana-de-açúcar. 2. No substrato agar-água a porcentagem de germinação das “sementes” sexuais cresceu com o aumento da concentração de esporos de U. scitaminea enquanto que no substrato solo o efeito foi oposto. 3. A mortalidade dos “Seedlings” originados do substrato agar­água, sob condições de câmara úmida, após o transplante, foi significativamente maior do que a daqueles originados do substrato solo. 4. O substrato agar-água é superior ao substrato solo para seleção de “Seedlings” resistentes a U. scitaminea no método de pré-seleção proposto. 5. Não houve efeito das diferentes concentrações de esporos na mortalidade dos “Seedlings” após o transplante. 6. No substrato agar-água a eficiência máxima de seleção foi obtida na concentração P3 (12 x 107 esporos por ml) para ambas as progênies testadas, com eficiência de 61,11 e 66,68% para CB 41-76 e PR 980 respectivamente. 7. É válida a seleção de plantas resistentes a U. scitaminea na fase de “Seedling” pois há correlação entre a reação a doença na fase juvenil e adulta. 8. O tratamento térmico estimulou, para alguns cruzamentos, a manifestação da doença. 9. A inoculação a vácuo das gemas por U. scitaminea para alguns cruzamentos foi favorável à manifestação da doença, independentemente do tratamento térmico. 10. Há indicações de que o progenitor feminino tem influência na reação da progênie a U. scitaminea