Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1994 |
Autor(a) principal: |
Giglioti, Eder Antonio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20220207-195628/
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Resumo: |
Por serem o uso de mudas sadias e o plantio de variedades resistentes os meios mais eficazes no controle do carvão da cana-de-açúcar, parâmetros apropriados para medir tanto o nível de sanidade como a resistência varietal têm sido preocupação de pesquisadores e de produtores. Levando-se em conta tal questão, este trabalho se propôs a desenvolver uma metodologia aplicável a avaliações de resistência de variedades através do inóculo inicial das mudas (Xo) e da evolução da doença em cana-soca, sob condições de inoculação natural. O inóculo inicial das mudas e a evolução do carvão em cana-soca foram quantificados em 15 clones, alguns já variedades comerciais e outros com potencialidade para tal fim. O experimento foi instalado com delineamento inteiramente casualisado, sendo a fonte de inóculo plantada adjacente às variedades-teste. Após o desenvolvimento da cana-planta, quando esta atingiu nove meses de idade, o palmito de cada cana em pé foi decepado, possibilitando o início da brotação das gemas laterais. O número de chicotes produzidos por estes brotos foram anotados quinzenalmente, até três meses após a decepa. Com os dados obtidos, determinou-se a taxa de infecção das mudas (TIM) e, a partir desta, estimou-se a contribuição das mudas para o inóculo inicial em cana-planta (Xo das mudas). Este método permitiu avaliar a resistência de variedades em condições de inoculação natural, constituindo-se no primeiro teste baseado no inóculo inicial das mudas. A emissão de chicotes em cana-soca foi quantificada a cada 14 dias, durante 10 meses. O progresso da doença em função do tempo foi avaliado por meio de curvas anuais obtidas com os valores cumulativos de chicotes e touceiras doentes produzidos por hectare. Estas curvas foram analisadas por uma generalização do modelo de Gompertz, através da qual foram estimados os parâmetros IDS-6 (intensidade de doença na soca aos seis meses) e B( 1) (assíntota máxima de doença) e o pico de emissão de chicotes. A curva anual de progresso do carvão não apresentou o mesmo padrão de crescimento para todos os genótipos. Para a maioria deles foram identificados pelo menos dois ciclos de infecção do fungo. Neste grupo, aqueles com padrão sigmóide simples caracterizado por um aumento de doença contínuo, sem a presença de patamares, se situaram entre os mais suscetíveis. Por outro lado, os genótipos com padrão duplo-sigmóide, caracterizado por uma diminuição ou paralização temporária no aumento da doença entre os diferentes ciclos do patógeno apresentaram-se mais resistentes. A classificação das variedades quanto ao nível de resistência à sistemicidade do fungo baseada no número de chicotes por touceira doente indicou os possíveis pontos críticos para o desenvolvimento da doença sobre cada genótipo. Nos resistentes, a doença aumentou às custas de infecções secundárias, enquanto que, nos suscetíveis, a maioria dos chicotes observados foi fruto da colonização sistêmica do fungo. |