Avaliação da perda de torque e da contagem de microrganismos em diferentes conexões implante/pilar protético após ciclagem termomecânica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Goyeneche, Daniel Zuluaga
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58131/tde-23102023-150818/
Resumo: O uso dos implantes para reabilitação de pacientes total ou parcialmente desdentados tem sido cada vez maior e com grande índice de sucesso. Entretanto, vários estudos apontam que existe microinfiltração bacteriana bidirecional através da interface implante/pilar, que pode comprometer o sucesso dos implantes em longo prazo. O objetivo do presente estudo foi avaliar a perda de torque e a contagem de microrganismos da saliva humana que passaram para o interior dos implantes através da interface implante/pilar protético após ciclagem termomecânica. Para a realização deste estudo foram utilizados implantes de três plataformas protéticas diferentes: hexágono externo (HE), conexão interna cônica (CM) e conexão com triplo canal interno (TRI), associados a diferentes pilares: do tipo estético (PE), de preparo (PP) e UCLAs (UCLA). Os conjuntos implante/pilar foram torqueados de acordo com as recomendações do fabricante e os respectivos torques foram mensurados com torquímetro digital. Os pilares receberam coroas com formato de canino desenhadas digitalmente e impressas em resina com impressora 3D. Cada coroa foi estabilizada com poliéter sobre o respectivo pilar. Posteriormente, os corpos de prova foram imersos em saliva humana e submetidos à ciclagem termomecânica. Os corpos de prova receberam a aplicação de carga sobre a incisal da coroa, de modo que a força fosse dissipada ao longo do eixo do implante e, durante o ensaio, os corpos de prova foram ciclados termicamente com temperaturas de 5º e 55ºC. Foram realizados 2 X 106 ciclos, em frequência de 5Hz e carga de 120N. Simultaneamente, a mesa, onde estavam fixadas as bases, realizava movimentos horizontais de 2mm, 1mm para o lado direito e 1mm para o lado esquerdo, simulando os movimentos mandibulares excursivos. Terminada a etapa de ciclagem, os conjuntos foram removidos da máquina de ensaios, desinfetados externamente, e a perda de torque foi medida com torquímetro digital. Logo em seguida, o conteúdo do interior dos implantes e o material presente nas roscas dos parafusos de fixação dos seus respectivos pilares protéticos foram coletados e processados pela técnica Checkerboard DNA-DNA. Os dados obtidos foram submetidos a análise estatística. Todos os grupos apresentaram perda de torque depois da ciclagem termomecâmica (CM-PE: 25,088%, CM-UCLA: 37,932, HE-UCLA: 22,757, HEPP: 22,480%, TRI-UCLA: 32,7940% e TRI-PP: 26,327), mas não houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos. Os seis grupos apresentaram contagem de microrganismos, com os valores mais altos da mediana registrados para os grupos CM-PE (157781) e os valores mais baixos registrados para as amostras TRI-UCLA (62982). Ao comparar o tipo de conexão, a menor contagem de microrganismos ocorreu nos implantes Trichannel. Diante disso, constata-se que, de fato, a perda de torque é um fenômeno ao considerar implantes com duas peças. Além disso, microrganismos oriundos da saliva humana penetram na interface implante/pilar após ciclagem e o tipo de conexão protética influencia significativamente a contagem de microrganismos no interior dos implantes.