Detecção do perfil bacteriano e avaliação da interface protética em conexões do tipo cônica interna e hexagonal externa após ciclagem mecânica: teste in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Simionato, Anselmo Agostinho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58131/tde-04112024-182007/
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar a infiltração bacteriana na interface implante/pilar de duas plataformas protéticas com conexão cônica interna e outra com conexão hexagonal externa, através das análises de imagem por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), microtomografia computadorizada (Micro-CT), perda de torque, análise microbiológica e pela Correlação de Imagens Digitais (CID). Corpos de prova (n = 15) compostos por conjuntos implante/pilar foram montados, embutidos em poliuretano e subdivididos em grupos com ciclagem mecânica e térmica (n = 10), ciclagem térmica (n = 3), controle para o Micro-CT (n = 1) e controle para o MEV (n = 1). Coroas em resina para impressão 3D foram obtidas e fixadas aos pilares protéticos. Saliva de 20 voluntários saudáveis foi colhida para contaminação durante a realização do ensaio. Os corpos de prova (n = 10) foram submetidos à 2 x 106 ciclos mecânicos com frequência de 5 Hz e carga de 120 N simultaneamente a ciclos térmicos de 5° - 55°C. O conteúdo da interface implante/pilar e nas roscas dos parafusos protéticos foram coletados e as amostras processadas pela técnica de pirosequenciamento do gene ribossomal bacteriano (16S rRNA). Foi usada a Correlação de Imagens Digitais para verificar a transmissão de tensão dos conjuntos após ciclagem mecânica. Os dados obtidos para perda de torque foram interpretados por One-Way ANOVA com pós-teste de Tukey e mostraram diferenças entre os grupos testados (p < 0.05), com menor perda de torque para grupos com interface cônica interna com 16° de angulação. As análises por Micro-CT e MEV não mostraram desajustes entre pilar protético e implante após a ciclagem mecânica, em nenhum dos grupos analisados. Os resultados sugerem que a conexão hexagonal externa e as conexões cônicas internas testadas, independentemente da angulação da interface protética, permitem a infiltração bacteriana, com perfil microbiológico qualitativamente diferente do encontrado na saliva e com a presença de gêneros bacterianos ligados à peri-implantite. A ciclagem termomecânica modifica a estrutura da comunidade bacteriana encontrada e não leva a deformações na interface implante/pilar. O ambiente criado pela interface implante/pilar pode favorecer o crescimento e a sobrevivência de alguns gêneros bacterianos. A aplicação de carga com o implante inclinado modificou a transmissão de tensão ao material adjacente em relação à aplicação de carga axialmente ao implante, aumentando a tensão encontrada em alguns casos.