Estudo da distribuição de tensões e da resistência à tração de interfaces adesivas dentina-resina de duas formas de espécimes submetidos a diferentes protocolos de envelhecimento acelerado

• Ano de defesa: 2011
• Autor(a) principal: Sanches, Luciana Katty Figueiredo
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Adesão; Adhesion; Bond strength; Ciclagem mecânica; Ciclagem térmica; Mechanical cycling; Resistência de união; Thermal cycling
• Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23140/tde-21092011-094704/

O acelerado e freqüente desenvolvimento de novos materiais e técnicas restauradoras tornam necessárias avaliações rápidas que estimem seus desempenhos clínicos. Este estudo avaliou protocolos de envelhecimento acelerado, in vitro, capazes de simular o desempenho de restaurações adesivas frente aos desafios inerentes ao ambiente oral. Foram utilizados 36 molares hígidos, cortados ao meio e divididos aleatoriamente em 12 grupos. Em todos os grupos foi realizada a exposição da superfície dentinária, delimitação da área de adesão e condicionamento ácido da superfície, seguida a aplicação do Sistema Adesivo Scotchbond Multiuso, e colocação da resina composta Z100, em incrementos. Foram confeccionados 6 grupos em formato de palito e 6 grupos em formato de haltere: dois grupos não foram submetidos à ciclagem térmica e mecânica (STSM-P e STSM-H); outros dois foram submetidos à ciclagem térmica (1.000 ciclos; 5-55ºC; 1min em cada banho) e não a mecânica (CTSM-P e CTSM-H); dois ainda foram submetidos à ciclagem mecânica com dispositivo Nova Ética e não a térmica (STNE-P e STNE-H); dois foram submetido à ciclagem mecânica com dispositivo Nova Ética (500.000 ciclos), acrescido de ciclagem térmica (CTNE-P e CTNE-H); outros dois por fim, foram submetidos à ciclagem mecânica por Microrotação (105 ciclos, aproximadamente por 7 horas), e não a térmica (STMR-P e STMR-H); por fim os dois últimos grupos foram submetido à ciclagem mecânica por Microrotação acrescido de ciclagem térmica (CTMR-P e CTMR-H). Todos os grupos foram preparados para teste de microtração. Com as medidas de resistência de união dos palitos e halteres de cada dente foi realizada análise de variância e teste de Tukey. A interação tripla Formato -FORM- (Palito ou haltere) X Ciclagem Térmica- T- (Com e Sem) X Ciclagem Mecânica-M- (Nova Ética e Microrotação) não foi significante (p=0,698), bem como a interação 2 a 2 dos mesmos fatores: FORMxT (p=0,391); TxM (p=0,477); FORM x M (p=0,746). O fator Formato do espécime (Palito ou Haltere) teve diferença extremamente significante (p=0,000), sendo que os valores dos halteres foram maiores que os dos palitos. O fator Ciclagem Térmica (Com e Sem) não foi estatisticamente significante (p=0,2), bem como o fator Ciclagem Mecânica (Nova Ética e Microrotação) (p=0,587). Pode-se concluir que: a ciclagem térmica, bem como as ciclagens mecânicas sistema Nova Ética e Microrotação não foram capazes de reduzir significativamente os valores de resistência de união das interfaces adesivas, nem quando aplicadas isoladamente, nem quando associadas; os espécimes com formato de palito apresentaram valores de resistência de união menores do que os em formato de haltere; não foi possível estabelecer nenhum padrão de degradação entre os grupos através da microscopia eletrônica de varredura; os elementos finitos identificaram uma distribuição mais homogênea das tensões geradas na interface dos espécimes em formato de haltere.