Um enredo e três discursos: destruição e renascimento de Numancia sob a ótica de Miguel de Cervantes e Rafael Alberti

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santos, Eleni Nogueira dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-16092015-160818/
Resumo: O objetivo deste trabalho é realizar uma análise comparada de La destrucción de Numancia, de Miguel de Cervantes, e das duas adaptações de Rafael Alberti, ambas intituladas Numancia:tragedia. A hipótese principal deste estudo é a de que as adaptações, levando em conta as alterações realizadas na forma e no conteúdo resultam em duas recriações, fazendo com que elas possam ser consideradas como obras autônomas cujos significados correspondem às circunstâncias específicas do momento histórico no qual foram escritas. Para confirmar a hipótese nos baseamos em doutrinas retóricas e poéticas e em estudos críticos sobre as tragédias analisadas. O texto está composto por quatro capítulos. O primeiro capítulo contém uma breve contextualização sobre a origem e a recepção da peça cervantina e das duas adaptações realizadas por Alberti. O segundo capítulo trata de alguns dos elementos de poética que se apresentam de forma diferenciada nas três peças, além da análise dos dois prólogos albertianos. O terceiro capítulo incide sobre a primeira versão de Alberti, escrita em 1937. O quarto e último capítulo analisa a segunda peça adaptada em 1943. Após a análise, verifica-se que, devido às diversas alterações realizadas, as duas tragédias estão marcadas pelas convicções estéticas, políticas e ideológicas do poeta e dramaturgo, distanciando-se, portanto, da obra cervantina e sendo possível considerá-las como obras independentes, isto é, como recriações.