Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Mendonça, Ana Lucia Furquim de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20231122-100929/
|
Resumo: |
Hoje, a Ilha do Cardoso é uma das regiões mais bem preservadas do Estado de São Paulo que abrange significativos e complexos remanescentes de ecossistemas de Floresta Atlântica do Brasil (Silva e Silva, 1997). Diversos autores, entre os quais Barros et al (1991), Grande & Lopes (1981) e Kirizawa et.al. (1992), demonstraram que tanto a composição florística, como a estrutura das florestas da região estuarino-lagunar são consideradas como únicas no país. Esta dissertação tem por objetivo trazer átona as questões que envolveram a implantação do Parque Estadual da Ilha do Cardoso (PEIC). A análise de processos técnico-administrativos, dos relatórios e das atas de reunião do PEIC do período de 1958 a 1998, possibilitou conhecer as medidas adotadas pelos órgãos responsáveis da guarda do patrimônio natural do governo do Estado de São Paulo, bem como a ação específica na gestão desta valiosa unidade de conservação. Durante a pesquisa foram colhidos dados secundários e entrevistas com técnicos, diretores e moradores mais antigos de cada uma das localidades da ilha. Procurou-se identificar alguns dos sucessivos estados de conservação, através da restituição aerofotogramétrica, cujos sobrevôos ocorreram em três datas (1962, 1973 e 1980). Desse modo, foi possível cruzar depoimentos e documentos a fim de analisar a interferência humana nos ecossistemas da Ilha do Cardoso e a influência da legislação ambiental no modus vivendis da população local. A presença de agrupamentos humanos, considerada um dos maiores problemas das unidades de conservação, evidencia a necessidade de uma política institucional que leve em consideração os moradores. Os atuais dispositivos legais não fornecem alternativas viáveis para a remoção nem para a permanência dos habitantes. Assim, conclui-se que até hoje o Parque Estadual da Ilha do Cardoso apresenta contradições e conflitos em sua gestão. Outro aspecto que requer atenção é a crescente pressão do mercado imobiliário e do turismo, agravada pela falta de definição quanto à questão fundiária na Ilha do Cardoso. De fato, a análise de processos referentes à ilha comprova a necessidade de medidas que dêem amparo legal a esta importante área insular especialmente protegida. São necessárias respostas imediatas que superem a morosidade do poder judiciário em deslindar as terras da ilha. Assim, pode-se constatar que a somatória dos fatores acima citados não somente afeta a vida dos moradores, como também acarreta mudanças significativas que podem alterar irreversívelmente os ecossistemas da Ilha do Cardoso. (Anexos disponíveis somente na versão impressa) |