Obesidade infantil como fator trombogênico e de risco cardiovascular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cominato, Louise
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-17082021-112726/
Resumo: A obesidade leva a um risco maior de fenômenos tromboembólicos em adultos. Poucos estudos avaliaram a relação de obesidade com risco trombogênico na infância. O objetivo desse trabalho foi avaliar o estado pró trombótico de crianças obesas e comparar com crianças saudáveis, além de comparar a evolução das variáveis metabólicas e de hemostasia após perda de peso e correlacionar com as seguintes adipocinas: leptina e adiponectina. Foram realizados Teste de Geração de Trombina, Fibrinogênio, Dímero D, além de parâmetros metabólicos, em 72 crianças pré púberes, 47 obesas e 25 eutróficas. Foi encontrado um aumento significante da geração de trombina, fibrinogênio, dímero D e dislipidemia entre os pacientes obesos, confirmando a hipótese de que um estado pró trombótico em crianças obesas já se inicia na fase pré púbere. Ao comparar as variáveis pré e após perda de peso observamos diminuição na geração de trombina, diminuição do dímero D, assim como melhora nos marcadores metabólicos. Houve correlação positiva entre o Índice de massa corpórea e as variáveis hemostáticas, porém não encontrado correlação com insulina. A adiponectina foi a adipocina com melhor correlação com os marcadores pró trombóticos, confirmando sua importância antitrombótica já na infância. O IMC mostrou-se mais relevante do que a resistência insulínica como fator trombogênico. Medidas preventivas contra a obesidade, além de tratamento precoce devem ser iniciados já na infância para proteção de eventos trombóticos e cardiovasculares