Morfologia eritrocitária e indicativos da formação de redes de fibrina intravasculares em pacientes da primeira e segunda onda de Covid-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Abreu Junior, Paulo Sérgio de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27859
Resumo: INTRODUÇÃO O dímero - D é um marcador global da ativação do processo de formação do trombo ao qual se segue o processo fibrinolítico. Se um indivíduo infectado por SARS-CoV-2 evolui com agravamento, o resultado igual ou superior a quatro vezes o valor de referência deste marcador no momento da internação é considerado um preditor de mortalidade. Associa-se o aparecimento de esquizócitos, esferócitos e outras formas eritrocitárias com formação de redes de fibrina intravasculares. OBJETIVO Averiguar possível associação do dímero - D com marcadores morfológico-eritrocitários de hemólise em pacientes suspeitos de COVID- 19. MATERIAL E MÉTODOS O estudo foi retrospectivo transversal e longitudinal. Foram incluídos 43 pacientes, sendo 17 do Hospital Universitário Antônio Pedro, com diagnóstico suspeito de COVID-19, e 26 do Hospital Central da Aeronáutica, com diagnóstico para SARS-CoV-2. As análises em suas amostras foram realizadas no período de abril a agosto de 2020 e maio a junho de 2021, respectivamente. Os esfregaços sanguíneos de amostras de pacientes com indicadores sugestivos de COVID-19 foram resgatados quando possível. Foi verificada a possibilidade de associação da análise morfológico-eritrocitária com o número de plaquetas, valor de dímero - D e outros exames obtidos do prontuário. As avaliações de correlações foram expressas pelo coeficiente de correlação de Pearson ou Spearman, conforme distribuição. RESULTADOS A idade no grupo do H.U. variou de 40 a 81 anos e, no do H.M., de 34 a 94. Corresponderam ao gênero masculino 58,8% (n=10) no H.U. e, no H.M., 42,3% (n=11). A taxa de sobrevivência foi de 63,6% na primeira unidade estudada e, na segunda, 62,5%. Verificou-se que a idade influenciou na mortalidade (p= 0,002). O dímero – D apresentou uma correlação de Pearson inversa com as contagens de plaquetas (p=0,005). Ao realizarmos o teste de correlação de Spearman com valores de dímero – D e morfologia eritrocitária, e Pearson para correlação do dímero – D com a contagem de plaquetas, encontramos correlação negativa com significância para esquizócitos (p=0,036), com dacriócitos (p=0,018), com esferócitos (p=0,033) e contagem de plaquetas (p=0,0048). Não foram observadas amostras que tenham apresentado contagem de blister cell ou bite cell acima de 1% CONCLUSÃO Alterações morfológico-eritrocitárias podem ter correlação negativa significativa com as concentrações de dímero – D e podem sugerir sua utilização como parâmetro de correlação inversa com a atividade fibrinolítica em pacientes suspeitos de infecção por SARS-CoV-2. Um consumo excessivo das plaquetas talvez justifique sua correlação negativa com as concentrações de dímero – D. Estudos longitudinais poderiam servir como melhor ferramenta de análise para avaliação dos óbitos ocorridos entre os pacientes do estudo.