Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Bonadio, Marcelo Batista |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-29102019-091529/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O edema medular ósseo pode ser encontrado em diversas doenças do joelho e existe ainda grande controvérsia quanto à sua classificação e nomenclatura na literatura, principalmente, em vista dos estudos mais recentes, a partir do ano de 2000, quando a repercussão clínica de tais alterações de imagens de ressonância magnética começaram a ser melhor avaliadas. Estudos demonstraram a correlação do edema ósseo com a dor e a progressão da osteoartrite. Um novo método cirúrgico desenvolvido para o tratamento dessas lesões é denominado subcondroplastia e consiste na injeção de substituto ósseo pastoso no local do edema medular ósseo. O objetivo do presente trabalho é avaliar a técnica de subcondroplastia no Brasil quanto a sua aplicabilidade e os resultados no tratamento do edema medular ósseo. MÉTODOS: Foram incluídos pacientes com idade entre 40 e 85 anos, com dor no joelho há pelo menos 6 meses, associada à ressonância magnética com lesão de hipersinal em ponderação de T2 na tíbia ou fêmur. Os pacientes foram avaliados segundo a escala visual analógica de dor e pela escala de KOOS, IKDC subjetivo e SF36, uma semana antes da cirurgia e com 1, 3, 6, 12, 24 e 48 semanas após. Também foi realizada avaliação por imagem do joelho afetado com radiografia e ressonância magnética, sendo tais exames realizados no pré-operatório e após 48 semanas da cirurgia. A subcondroplastia foi realizada com técnica desenvolvida para o preenchimento da área de lesão óssea medular, guiada por fluoroscopia, com substituto ósseo em pasta à base de fosfato de cálcio. RESULTADOS: O preenchimento foi realizado com sucesso em 20 joelhos, sendo 11 lesões no côndilo femoral medial e 12 no planalto tibial medial. A avaliação pela escala de KOOS apresentou uma melhora significativa durante o seguimento na avaliação de sintomas (p < 0,001), dor (p < 0,001), função diária (p < 0,001), função esportiva (p=0,006) e qualidade de vida (p < 0,001). As avaliações pelas escalas do IKDC subjetivo (p < 0,001) e dor pela EVA (p < 0,001) também apresentaram melhora significativa. Na avaliação da qualidade de vida pela escala SF-36, os critérios de capacidade funcional (p < 0,001), aspectos físicos (p < 0,001), estado geral de saúde (p=0,015), vitalidade (p=0,017), aspectos sociais (p < 0,003), aspectos emocionais (p < 0,001) e saúde mental (p=0,019) apresentaram melhora significativa e apenas o critério de dor (p=0,398) não obteve melhora significativa. A escala radiográfica de Kellgren-Lawrence ao final do seguimento foi significativamente pior que a pontuação pré-operatória (p=0,025). Doze ressonâncias magnéticas realizadas após 48 semanas de seguimento foram avaliadas, com seis pacientes apresentando redução do edema. A impacção estava pior em 5 joelhos, não houve alteração em 6 joelhos e em apenas 1 houve redução da impacção. Todos os pacientes conseguiram deambular, sem apoio adicional, já no primeiro dia após o procedimento. Como complicações, dois pacientes apresentaram extravasamento de enxerto para partes moles. CONCLUSÃO: A técnica de subcondroplastia é segura, apresenta melhora rápida e sustentada de dor e desempenho funcional dos pacientes em um seguimento de 48 semanas |