Da classe média à periferia? O PT nas eleições municipais paulistanas (1996-2012)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Medeiros, Diogo Frizzo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-10042014-122715/
Resumo: Este trabalho busca analisar a trajetória do Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições para prefeito de São Paulo no período de 1996 a 2012, tendo como foco seu desempenho nos diversos estratos socioeconômicos do eleitorado paulistano. Ao longo das eleições municipais disputadas, o partido cresceu e assumiu a posição de principal protagonista nas disputas, vencendo em 2000 e 2012. Entretanto, a consolidação desse crescimento não se manifestou de maneira uniforme nos diversos estratos socioeconômicos da cidade. A hipótese sugerida é a de que houve mudanças significativas no perfil do eleitorado petista. A partir da análise da literatura sobre o comportamento eleitoral na cidade, procurou-se reconstituir as características iniciais do eleitor do PT, a fim de verificar quais eram seus principais aspectos. Para essa análise, foram utilizados os dados dos surveys eleitorais das eleições paulistanas de 1996 a 2012 e, para verificar a existência de padrões geográficos na votação da agremiação nos distritos da cidade, foi empregada a técnica de análise espacial. Com isso, foi possível observar que: (1) nas primeiras eleições disputadas, o PT apresentava uma base popular, embora de pouca expressão, localizada geograficamente em uma região especifica: os distritos próximos ao ABC paulista; (2) houve mudanças na composição da base eleitoral do PT a partir das eleições de 2000, passando de um partido com um perfil de classe média (de 1985 a 2000) para um partido com apelo mais popular (de 2004 em diante). Se até então o voto petista estava localizado em uma periferia geográfica determinada da cidade, ele passa a acompanhar essa transformação, ganhando expressão na periferia socioeconômica do eleitorado paulistano.