O idoso vivendo com HIV/AIDS: a sexualidade, as vulnerabilidades e os enfrentamentos na atenção básica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Alencar, Rúbia de Aguiar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-25102012-124633/
Resumo: O estudo teve como objetivo analisar as vulnerabilidades e os enfrentamentos dos idosos vivendo com HIV/Aids na atenção básica de saúde. Para realização da pesquisa, utilizou-se a abordagem qualitativa, tendo como referencial teórico a abordagem psicossocial e emancipatória, segundo o conceito de vulnerabilidade baseada nos direitos humanos. O estudo foi realizado no município de Botucatu, em todas as unidades de saúde que adotam a Estratégia Saúde da Família e no Hospital-dia HIV/Aids, da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista. Participaram do estudo 11 idosos vivendo com HIV que descobriram a doença após os 60 anos, 12 médicos e 11 enfermeiros que atuam na Estratégia Saúde da Família. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas semiestruturadas analisadas de acordo com o referencial da Análise de Conteúdo de Bardin, mais especificamente, a Análise Temática. Buscando entender as razões que levaram os idosos a estarem em situação vulnerável à infecção pelo HIV, foram adotadas para análise as seguintes categorias: vulnerabilidade individual, vulnerabilidade social e vulnerabilidade programática. Foram encontradas como categorias empíricas: - Infecção e formas de contágio do HIV; - Enfrentando a soro positividade: o cotidiano dos idosos vivendo com HIV; - Acesso do idoso aos serviços de saúde x solicitação da sorologia para HIV; - Marcos da relação entre o profissional de saúde e o idoso; - Planejamento, compromisso e responsabilidade dos profissionais para com os idosos. A articulação das subcategorias que emergiram das categorias empíricas permitiu identificar duas categorias centrais: O viver com HIV/Aids e Diagnóstico Tardio. O conceito de vulnerabilidade no quadro dos direitos humanos possibilitou visualizar aspectos que podem contribuir para a emancipação psicossocial do idoso. Para isso, é necessário reconhecer o idoso como um sujeito cidadão, sujeito sexual e sujeito de direito, abordando esse idoso e compreendendo-o como sujeito do seu cotidiano e de direitos. Conclui-se que, enquanto os serviços de saúde não englobarem os idosos como sujeitos coautores das ações direcionadas à prevenção das DST/Aids, poucos serão os avanços na luta contra a epidemia. São necessários, portanto, esforços dos organismos de saúde, por meio de programas específicos, e dos profissionais de saúde, que devem buscar o olhar sobre o idoso, incluindo sua sexualidade, para que possam contribuir para uma melhor qualidade de vida deste segmento populacional.