Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Carricondo, Pedro Carlos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-04112010-152815/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Os custos representam um problema crucial na formação e especialização do médico no mundo moderno. Conhecer os gastos relacionados ao ensino é importante para o planejamento financeiro das instituições de ensino. A cirurgia de catarata é um dos pontos centrais da formação do oftalmologista. O objetivo deste estudo foi comparar os custos e as complicações peroperatórias da cirurgia de catarata realizada por residentes com a cirurgia realizada por um cirurgião experiente. MÉTODOS: Neste estudo prospectivo, as cirurgias de facoemulsificação executadas por residentes durante os 3 primeiros meses de treinamento foram comparadas com cirurgias realizadas por um cirurgião experiente quanto aos custos e complicações. Foram incluídas 312 cirurgias, sendo 261 realizadas por residentes e 51 pelo cirurgião experiente. As cirurgias foram divididas, de acordo com a experiência cirúrgica do residente no momento da realização do procedimento (Grupo 1: 0 a 40 cirurgias; Grupo 2: 41 a 80 cirurgias; Grupo 3: mais de 80 cirurgias). RESULTADOS: O custo médio das cirurgias realizadas pelos residentes foi de R$ 802,74 ± 352,48 e pelo cirurgião experiente R$ 588,74 ± 44,68. No grupo 1, foram observados R$ 862,63 ± 382,17; no grupo 2 R$ 809,99 ± 377,92 e no grupo 3 R$ 702,16 ± 234,64. Quanto ao tempo de cirurgia, observou-se nas cirurgias dos residentes 54,2 ± 23,4 minutos e nas cirurgias do grupo controle (cirurgião experiente) 36,0 ± 15,3 minutos. O tempo observado no grupo 1 foi 57,6 ± 23,0 minutos; no grupo 2 foi 54,6 ± 24,7 minutos e no grupo 3 foi 49,0 ± 18,3 minutos. Todas as comparações foram estatisticamente significantes (P<0,05). A taxa de complicação encontrada nas cirurgias realizadas pelos residentes foi de 11,49% e nas cirurgias realizadas pelo cirurgião experiente foi de 1,92%. No grupo 1 observaram-se 9,65% de rotura de cápsula posterior e 8,77% de perda vítrea; no grupo 2, 7,37% de rotura de cápsula e 4,21% de perda vítrea e no grupo 3, 5,77% de rotura de cápsula e 3,85% de perda vítrea. Estas complicações não foram percebidas nas cirurgias do grupo controle. CONCLUSÃO: A cirurgia de catarata realizada pelo residente representa um aumento dos gastos estatisticamente significante para o serviço e um aumento nos riscos de complicação aos pacientes. A diferença cai progressivamente com a realização de mais procedimentos, demonstrando os efeitos do treinamento |