Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Faria, Eliney Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5155/tde-31082010-184822/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O câncer de próstata (CAP) é a neoplasia mais comum em homens (excluindo câncer de pele não-melanoma) com mais de 190.000 casos novos esperados em 2010 nos Estados Unidos sendo que mais de 27.000 morrerão em desta doença. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer, a estimativa é em torno de 50 mil casos novos de CAP para 2010. OBJETIVOS: Avaliar a experiência do rastreamento para CAP realizado pelo Hospital de Câncer de Barretos através de uma Unidade Móvel de Prevenção de Câncer (UMPC), e verificar qual o impacto deste rastreamento no estádio clínico em comparação com pacientes diagnosticados e/ou encaminhados ao HCB. MATERIAL E MÉTODO: De janeiro de 2004 a dezembro de 2007, realizou-se rastreamento de CAP em voluntários acima de 45 anos através da UMPC em localidades com difícil acesso à saúde. Foram convocados homens com pelo menos um destes três critérios a seguir: a) PSA sérico = 4,0 ng/ml, b) toque retal suspeito, ou c) PSA entre 2,5 e 4,0 ng/ml com relação PSA livre/total (rPSAl/t) = 15%. Para se avaliar o impacto do rastreamento no estádio clínico ao diagnóstico dos pacientes portadores de CAP, analisaram-se os dois grupos. O grupo I inclui casos de CAP diagnosticados de janeiro de 2005 a dezembro de 2007, através da UMPC. O grupo II inclui pacientes com CAP atendidos pelo HCB no mesmo período, que não haviam feito diagnóstico pela UMPC; e foram encaminhados ao HCB por médicos de especialidades diversas, devido a PSA elevado e/ou TR suspeito realizado na xvii localidade de origem ou a diagnóstico histológico confirmado de CAP. A revisão de prontuários para os grupos realizou-se no serviço de arquivo médico (SAME) e utilizou-se a mesma ficha de coleta de dados, priorizando TNM, PSA e escore de Gleason. Os grupos I e II foram comparados com relação a estadiamento (TNM), PSA e escore de Gleason e feita análise estatística destes dados. RESULTADOS: De janeiro de 2004 a dezembro de 2007, foram rastreados 17.571 homens de 231 cidades brasileiras. Destes, 71,4% nunca tinham feito toque retal e 70,9% nunca fizeram PSA anteriormente. Foram biopsiados 1.647, 904 devido a PSA = 4,0 ng/ml (54,9%), 324 devido a TR suspeito (19,7%), 117 devido a alteração simultânea de ambos os anteriores (7,1%) e 302 quando a relação foi = 15% com PSA entre 2,5 e 3,9 ng/ml (18,3%). Foram diagnosticados 652 casos de CAP (3,7%). Destes, 609 (93,4%) clinicamente localizados (T1-2) e 43 (6,6%) foram T3-4. Na avaliação radiológica e cintilográfica, 26 (4%) eram N1 e 18 (2,8%) eram M1. Comparando-se os grupos, observou-se valores de PSA mais baixos (p<0.001), estadiamento clínico mais favorável (p<0,001), e escore de Gleason com menor grau para o grupo I (p<0.001). CONCLUSÕES: A UMPC mostrou ser uma ferramenta importante para se rastrear populações com acesso médico precário em um país com grande extensão territorial e desigualdades socioeconômicas como o Brasil. O rastreamento mostrou melhoria estatisticamente significativa do estadiamento clínico ao diagnóstico em relação aos pacientes diagnosticados na rotina do Hospital de Câncer de Barretos |