Disputas pelo direito à cidade: outros personagens em cena

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Colosso, Paolo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-27072020-122357/
Resumo: A década 2010 é atravessada por inquietações que estremecem o solo de grandes cidades da Tunísia à Islândia, do Egito à Espanha, dos EUA ao Brasil, da Índia à França. Os levantes irromperam a partir de eventos situados, por causas contextuais, muitos imprevisíveis até então, mas a crise deflagrada pelo colapso financeiro em 2007-2008, cujas medidas de estabilização econômica levaram ônus sociais para todos os cantos da aldeia global, certamente aproximou tais fenômenos. Outro tópico menos trabalhado, mas não desapercebido, diz respeito a aspectos urbanos dessas insurgências, que Paolo Gerbaudo entende por \"movimento das praças\" e David Harvey denomina \"Cidades Rebeldes\". No Brasil, estes ânimos insurgentes se estenderam até a segunda metade dos anos 2010. Tendo a cidade de São Paulo como recorte, este trabalho retorna ao início dos anos 2000 para compreender o período marcado por intensa modernização e reprodução das relações sociais, mas também pela entrada em cena de atores sociais que tem o espaço urbano não apenas como pauta, mas também o disputam e se reapropriam de suas infraestruturas e centralidade. Subsidiados por contribuições sobretudo do filósofo e sociólogo Henri Lefebvre, defendemos a tese de que, se quisermos dar respostas à altura desses bloqueios e possibilidades, é necessário formular uma teoria social sensível às contradições do espaço urbano.