Capilaroscopia periungueal em pacientes com dermatomiosite recém-diagnosticada: estudo transversal e prospectivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Miossi, Renata
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-16042019-163030/
Resumo: Objetivos. Analisar prospectivamente os dados de capilaroscopiaperiungueal (CPU) em pacientes com dermatomiosite recém-diagnosticada (DM) e correlacioná-los com citocinas angiogênicas séricas e características clínicas e laboratoriais. Métodos. Vinte e três pacientes com DM com < 12 meses de sintomas foram incluídos no estudo. Para avaliar os níveis de citocinas séricas, os pacientes foram pareados 23 voluntários saudáveis por idade, sexo e etnia. As características da CPU e os parâmetros da atividade da DM foram analisados. Resultados. Foram observados níveis aumentados de angiogenina (ANG) e de fator de crescimento de endotélio vascular-1 (VEGF1) séricos de forma significativa em pacientes com DM em comparação com os controles saudáveis. Os níveis de ANG sérica correlacionaram-se positiva e negativamente, respectivamente, com a densidade capilar e as áreas avasculares. Além disso, a densidade capilar correlacionou-se inversamente com o número de capilares ectasiados, capilares gigantes e áreas avasculares. O número de capilares ectasiados correlacionou-se positivamente com a Escala Visual Analógica (EVA) do paciente e do médico, a presença de eritema facial, capilares gigantes e micro-hemorragias. Os capilares gigantes apresentaram correlação positiva com EVA do médico e da atividade cutânea, capilares ectasiados, áreas avasculares, micro-hemorragias e capilares em forma de arbustos e correlação negativa com a densidade capilar. Micro-hemorragias correlacionaram-se positivamente com o sinal de \"V do decote\" e EVA do médico. O VEGF1 sérico não mostrou relação com os parâmetros da CPU ou com características clínicas e laboratoriais relacionadas a DM. Além disso, 15 dos 23 pacientes foram avaliados prospectivamente após 3,21 anos. Todos os pacientes tiveram resposta clínica com melhora significativa em todos os parâmetros da CPU, exceto em relação a capilares ectasiados e número de capilares em forma de arbustos. Conclusões. A CPU pode ser uma ferramenta útil para avaliar a atividade da doença em DM de início recente e a sua correlação com a ANG sérica sugere a participação desta citocina na neoangiogênese da doença