Avaliação do efeito imunomodulador e carrapaticida de micro-organismos probióticos em bovinos da raça Girolando

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Teixeira, Renato da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/97/97132/tde-30062017-201435/
Resumo: A infestação por carrapatos é uma das principais parasitoses que afetam a bovinocultura prejudicando a saúde do animal por meio de hábito hematófago, além de gerar perdas econômicas para o seu controle, sendo o uso de carrapaticidas o principal método utilizado. O uso negligenciado destes produtos induz a geração de resistência tornando necessário o desenvolvimento de métodos alternativos, como a imunização por vacinas e o uso de probióticos. Probióticos são alimentos funcionais, compostos de micro-organismos vivos, que quando ingeridos em doses adequadas e com frequência, conferem diversos efeitos benéficos à saúde do hospedeiro por meio de diferentes mecanismos de ação. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito imunomodulador e carrapaticida de micro-organismos probióticos em bovinos da raça Girolando. Para tanto, durante 154 dias, foram estudados 30 animais distribuídos em 06 grupos e submetidos a diferentes tratamentos, a saber: Grupo A (controle) os animais não receberam tratamento específico; Grupo B (efeito vacina) nos dias inicial, 14 e 28 os animais foram imunizados com a proteína rGST-Hl; Grupo C (efeito probiótico EEL) os animais receberam, durante 70 dias, uma dose diária de 10 mL, da preparação probiótica EEL; Grupo D (efeito vacina + probiótico EEL) nos dias inicial, 14 e 28 os animais foram vacinados e receberam durante 70 dias, 10 mL da preparação probiótica EEL; Grupo E (efeito probiótico PT) os animais receberam, durante 70 dias, uma dose de 10 mL da preparação probiótica ProbioTick e Grupo F (efeito vacina + probiótico PT) nos dias inicial, 14 e 28 os animais foram vacinados e receberam diariamente, durante 70 dias, 10 mL da preparação probiótica ProbioTick. A cada 14 dias foram realizadas coletas de sangue para avaliação da hemostasia, do estado de anemia e o desenvolvimento da resposta imune humoral. Os resultados demonstraram que os tratamentos não afetaram significativamente a hemostasia, bem como os parâmetros eritrocíticos dos animais. No tocante ao sistema imunológico, verificou-se que os animais tratados com as preparações probióticas apresentaram maior número de linfócitos quando comparado ao grupo controle diferindo estatisticamente no 70º dia, sendo que os percentuais encontrados para os grupos C, D, E e F foram respectivamente de 55,8%; 63,5%; 60,8% e 59,4%. Os animais que foram vacinados (grupo B) e tratados com as preparações probióticas (Grupos D e F), apresentaram níveis superiores de anticorpos totais IgG (72,769; 93,735 e 98,825 mg/dL) e quanto aos anticorpos IgG anti rGST-Hl, os animais dos Grupos D e F tiveram seus valores aumentados quando comparados aos do Grupo B por um período mais prolongado, onde no 98º dia, as densidades ópticas medidas foram de 0,868 e 0,915. Desta forma, conclui-se que as preparações probióticas foram capazes de modular a resposta imunológica dos animais.