Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Tirloni, Lucas |
Orientador(a): |
Vaz Junior, Itabajara da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/131950
|
Resumo: |
Carrapatos são ectoparasitos hematófagos que causam grandes impactos na saúde pública e na produção animal devido à sua capacidade vetorial e também pelos distúrbios associados diretamente ao parasitismo. O carrapato Rhipicephalus microplus é considerado o parasito mais importante de bovinos na América Latina e Oceania. Os carrapatos permanecem fixados ao hospedeiro por um longo período de tempo, e a saliva representa um fator crucial na relação parasito-hospedeiro. Os carrapatos secretam na saliva um conjunto de moléculas com atividades que modulam as respostas de defesa do hospedeiro frente ao parasitismo, tais como as reações do sistema hemostático e do sistema imune inato e adaptativo. Considerando a importância econômica do carrapato R. microplus, e o papel da saliva no parastismo, pouco se sabe sobre a composição proteica da saliva desse parasito. Os objetivos desse trabalho são caracterizar o proteoma da saliva do carrapato R. microplus em diferentes momentos da fase de alimentação no hospedeiro bovino e caracterizar três serpinas salivares. Neste sentido, este estudo foi organizado em três partes. Primeiramente, fizemos uma análise proteômica da saliva de fêmeas adultas em dois estágios de ingurgitamento, compreendendo fêmeas parcialmente ingurgitadas e fêmeas totalmente ingurgitadas. Num segundo momento, analisamos mais a fundo a variação dos componentes proteicos salivares das fêmeas, expandindo a análise proteômica para nove fases de ingurgitamento do parasito. Esses dados mostraram que a saliva de R. microplus é uma amostra proteica complexa, com variação nos diferentes tempos de alimentação. Entre as classes de proteínas identificadas, podemos citar proteínas relacionadas com metabolismo de heme e ferro; proteínas relacionadas com processos de oxidação e detoxificação; enzimas como as serino-proteases, cisteíno-proteases, metaloproteases; inibidores de proteases da família das serpinas, cistatinas, TIL e Kunitz; peptídeos antimicrobianos; e famílias de proteínas específicas e conservadas em carrapatos. A terceira parte do trabalho objetivou a caracterização de três serpinas que foram identificadas na saliva (RmS-3, RmS-6 e RmS-17). Essas proteínas foram expressas em Pichia pastoris e foram utilizadas em ensaios de caracterização funcional contra um painel de 16 proteases relacionadas com os sistemas de defesa do hospedeiro, revelando um perfil de inibição sobre proteases pró-inflamatórias e prócoagulantes. Os dados apresentados neste trabalho contribuem para o entendimento do papel de proteínas salivares durante o parasitismo pelo carrapato R. microplus. |