Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Rafaela Baracat Ribeiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-29092011-142504/
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Resumo: |
Nesta pesquisa, realizamos um estudo sobre gênero discursivo em perspectiva diacrônica, atentando para a organização e para as estratégias linguísticas que nele se manifestam. Analisamos uma prática social da esfera jornalística, a carta de editor, com o objetivo de verificar os elementos constitutivos e as possíveis transformações do gênero em foco ao longo de seu percurso histórico. Particularmente, observamos estruturas linguísticas que concretizam regularidades discursivas nesse gênero da imprensa escrita, no período relativo ao século XIX até o início do século XX. Para tanto, fundamentamos o trabalho em estudos sobre mídia impressa, a fim de focalizar o contexto de estabelecimento do jornalismo, bem como em estudos a respeito dos gêneros discursivos e das tradições discursivas, com o intuito de ancorar a análise dos traços textuais que garantem a continuidade e contribuem para a identificação do gênero como típico da instituição jornalística. Dessa prática social, emergem recursos linguísticos orientadores da produção de sentido, por meio dos quais os sujeitos, situados em determinado contexto social e histórico, buscam, de alguma forma, influenciar seus interlocutores para atingir seus propósitos interacionais. Entre esses recursos, destacamos a modalidade adverbial. Tomamos por base pesquisas de cunho pragmático-discursivo a respeito dessa categoria, a fim de relacioná-la à produção das cartas de editor. Para a análise pretendida, selecionamos exemplares de três jornais paulistas, a saber: O Farol Paulistano, Correio Paulistano e A Província de S. Paulo/O Estado de S. Paulo, e procedemos a um levantamento das ocorrências linguísticas atuantes na construção textual, para a verificação de possíveis elementos que permaneceram ou se modificaram, ao traçar um paralelo com textos da atualidade. Os resultados revelaram que, no curso histórico da carta de editor, podemos encontrar regularidades temáticas, composicionais e funcionais de séculos passados ainda presentes nessa produção da mídia impressa. Os resultados obtidos pela análise da modalidade também salientam tal categoria linguística como elemento presente na configuração do gênero em destaque, que revela o modo de construção de avaliações sociais e de manifestações ideológicas pela instância enunciativa, bem como os efeitos de sentido que podem ser constituídos por meio dessa estratégia discursiva. |