Ocupação Mauá: uma etnografia do edifício

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Roberta Ortiz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-25072023-171653/
Resumo: O presente trabalho pretende contribuir com os estudos, na área da arquitetura, através da ocupação como alternativa de moradia. Sendo assim, a pesquisa aborda o nexo entre as dinâmicas familiares, os deslocamentos habitacionais investigados a partir das trajetórias urbanas de mulheres, que saíram de uma situação de rua para a Ocupação Mauá, localizada no centro de São Paulo e ainda analisa a gestão interna de três movimentos sociais dentro do edifício. Tomando como base a realização de uma pesquisa multi-metodológica que mistura o método histórico, documental e etnográfico, tais articulações exemplificam o trabalho de campo a partir das trajetórias de vidas improvisadas, que envolvem a arte de perambular, na mudança e permanência de uma ocupação a outra, pela incessante espera de uma Habitação de Interesse Social (HIS), que contemple a faixa econômica das famílias em estudo. Dessa forma, a dissertação delineia o antigo Hotel Santos Dumont, que ficou abandonado por mais de 20 anos e tornou-se habitação improvisada para as famílias na Ocupação Mauá que contornam a precariedade. Além disso, o documentário Ocupa Mauá contribuiu para a dissertação, serviu como ferramenta metodológica e auxiliou no contornamento da pesquisa devido ao vírus Sars-CoV-2, principalmente na prospecção de entrevistas. A pesquisa estabelece, assim, um diálogo sobre a arte do contornamento, afetação e sensibilidade, percursos em ocupações, nas dobras do legal e do ilegal, traçado pela história do antigo Hotel Santos Dumont, a fim de entendê-lo de fora (pela rua) para dentro (o edifício).