A disputa pela moradia na região central de São Paulo: uma análise das ocupações Prestes Maia, Mauá e Cambridge

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Braconi, Julio Cesar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100134/tde-17022017-133017/
Resumo: Neste trabalho investigamos a atuação dos movimentos sociais de moradia que disputam o espaço central da cidade de São Paulo para produção de habitação de interesse social (HIS). Para isso apresentamos o processo de alteração espacial ocorrido na região central a partir da industrialização e posteriormente a reorganização do espaço urbano conduzida pelo Estado e agentes financeiros visando produzir novas centralidades e requalificar espaços degradados na região central, apresentamos também a atuação dos movimentos sociais de moradia que surgiram a partir da década de 90. Os movimentos pesquisados são: Frente de Luta pela Moradia (FLM), Movimento Sem-Teto do Centro (MSTC) e Movimento de Moradia na Luta por Justiça (MMLJ), estes movimentos se destacam por sua capacidade de articulação política e quantidade de imóveis ocupados na região central. Aprofundamos este trabalho em três ocupações, Prestes Maia com 478 famílias, Mauá com 248 famílias e a ocupação hotel Cambridge com 171 famílias, ao todo vivem nestes espaços 897 famílias. Buscamos compreender estas disputas através das ocupações de imóveis que ocorreram durante o período de 2002 a 2012. Nestas ocupações se dão as dinâmicas de organização e luta pelo espaço urbano central, se tornando espaços de luta e esperança para a classe trabalhadora de menor renda que integram estes movimentos. Estas ocupações na região central da cidade se tornaram espaços de resistência em meio ao concreto da indiferença causada pela renda da terra. Espaços de luta, pois, para eles: \"Quem não luta, está morto!\"