A ordem social em crise: a inserção do protestantismo em Pernambuco 1860-1891

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Santos, João Marcos Leitão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-27022009-171104/
Resumo: Este trabalho discutiu a história religiosa do Brasil, especificamente em Pernambuco a partir do confronto entre católicos e protestantes, com o advento das primeiras atividades missionárias protestantes em Pernambuco no século XX. Enfrentou o obstáculo recorrente na investigação histórica no que refere aos embates da teoria historiográfica, sobre uma história política, das idéias, das mentalidades, da cultura, intelectual, mas o tema proposto era atinente a História da Idéias, referência adotada. A tese central deste trabalho é que a inserção do protestantismo em Pernambuco constituiu um conflito, e que este foi de caráter ideológico e não confessional, em torno de duas concepções distintas de estabelecimento da Ordem Social, ou da organização social. Para este fim buscamos mostrar que o protestantismo é uma concepção de mundo, um sistema ideológico (em sentido lato, conjunto de idéias), não apenas uma confissão religiosa ou sistema religioso. Assim sendo se objeto foi o protestantismo em Pernambuco, enquanto expressão sócio-política de um sujeito religioso, para responde ao problema acerca da forma como a emergência deste um novo sujeito, estabeleceu um conflito com o sujeito religioso estabelecido, o catolicismo romano. Responde-se o que aconteceu então? Com esta problematização demonstramos a identidade dos sujeitos investigados, a natureza do conflito, a configuração do conflito, e a. solução / acomodação do conflito. Concluímos então que embora sujeitos substantivamente 9 religiosos, conflitaram politicamente, reafirmando que o antagonismo gerado com a presença protestante e a conseqüente reação católica se deveu mais ao risco a ordem social do que a heterodoxia religiosa, de onde a crise que intitula o trabalho.