Caracterização da resposta inflamatória endometrial de jumentas inseminadas com sêmen congelado asinino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lazarotto, Cleide Carine
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-19072022-083342/
Resumo: As biotecnologias reprodutivas estão cada vez mais difundidas nas diferentes espécies animais, o que contribui para um incremento no número de descendentes nascidos de diferentes reprodutores e matrizes. O sêmen congelado se destaca dentre as biotecnologias, permitindo o uso de animais de diferentes regiões e a manutenção da genética de um animal mesmo após a morte. Entretanto, esta biotecnologia tem limitado sucesso quando aplicada em asininos. Acredita-se que ocorra uma reação inflamatória uterina exacerbada quando o endométrio das jumentas é exposto ao sêmen congelado. Este trabalho teve por objetivo caracterizar a inflamação uterina de jumentas, comparando com éguas submetidas ao mesmo tratamento. Foram utilizadas 08 fêmeas asininas e 08 fêmeas equinas, todas foram inseminadas com sêmen congelado de asinino e avaliadas, durante o cio (pré inseminação), após 6 horas (n=4 fêmeas asininas e 4 fêmeas equinas) e 24 horas (n=4 fêmeas asininas e 4 fêmeas equinas) da Inseminação Artificial (IA) com sêmen congelado de asinino. Para caracterizar a inflamação endometrial foi realizada citologia, coletada com escova citológica para preparação de lâmina microscópica, e o microlavado uterino, para avaliar o perfil oxidativo, e a presença de óxido nítrico nos diferentes momentos. Para análise do perfil oxidativo foram analisadas as concentrações da enzima Glutationa Peroxidase (GPx), atividade da enzima Superóxido Dismutase (SOD) e níveis de peroxidação lipídica pelo teste das Substâncias Reativas ao Ácido Tiobarbitúrico (TBARS), além da concentração de óxido nítrico. Os resultados obtidos foram submetidos à análise estatística pelo teste Shapiro-Wilk não tendo distribuição normal. Portanto, a diferença entre os momentos em cada espécie foi avaliada com o teste de Wilcoxom e a diferença entre espécies em cada momento com o teste U de Mann-Withney. Os testes foram considerados significativos quando p<0,05, as análises foram realizadas no ambiente R. Quanto à análise da citologia uterina não houve diferença entre às espécies analisadas. Já em relação ao perfil oxidativo verificou-se diferença quanto à presença aumentada da enzima GPx no cio das éguas em relação as jumentas (p=0,0031). E a atividade da enzima SOD aumentada no endométrio das jumentas (p=0,0499) também no momento do cio. Para a concentração de TBARS e óxido nítrico não houve diferença entre as espécies nos momentos analisados. A modulação da resposta inflamatória entre as duas espécies foi diferente somente no momento pré IA. Tal resultado evidencia a necessidade de realizar mais trabalhos para elucidar o tema e, contribui para discussões que citam outras causas além da inflamação endometrial para a diferença de resultados obtidos entre as duas espécies.