Avaliação “in vitro” da técnica ultra-sonográfica de injeção intra-uterina via transvaginal para transferência de embriões em eqüídeos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Rivera Millan, Adriana del Pilar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11207
Resumo: Devido à necessidade de se obter melhores taxas de prenhez após transferência de embriões pelo método não-cirúrgico, técnicas alternativas têm sido testadas, porém com resultados poucos satisfatórios. Dentro desse contexto, o presente estudo foi conduzido com o intuito de investigar a eficiência da técnica ultra-sonográfica de injeção intra-uterina via transvaginal “in vitro”, para validação da mesma e posterior utilização como técnica alternativa na transferência de embriões na espécie eqüina. Para isso, foram desenvolvidos três experimentos, utilizando-se genitálias de éguas provenientes de frigorífico (Experimentos 1, 2 e 3) e oócitos (Experimento 3) obtidos de folículos de ovários de genitálias e, ou aspirados de folículos de éguas “in vivo” por meio da técnica ultra-sonográfica. No Experimento 1, a alta taxa de sucesso (88%, 879/1000) na inserção de agulha e de tubo de teflon no lume do útero, por meio da técnica ultra-sonográfica de injeção intra-uterina via transvaginal, sugere a viabilidade do procedimento, o qual foi caracterizado por reduzido número de tentativas (1,04 ± 0,2) e mínimo tempo gasto (21,7 ± 0,3 seg) por injeção, quando o procedimento resultou em sucesso. Além disso, o emprego de um sistema de escores para determinar o grau de certeza do posicionamento da agulha e do tubo no lume uterino, visualizados no monitor do ultra-som, permitiu maior eficiência da técnica. principal objetivo foi determinar No Experimento 2, o o volume mínimo de fluido injetado no lume uterino de genitálias, capaz de ser visualizado na tela do ultra-som durante e após a injeção do veículo (tinta guache branca). Verificou-se que os volumes de 0,5 e 1,0 mL resultaram em taxas de sucesso de 88,5% (261/295) e 91,2% (269/295), respectivamente. Porém, o volume de 1,0 mL mostrou ser mais adequado para a visualização do fluido no momento da injeção, enquanto o volume de 0,5 mL foi mais fácil de ser visualizado após a injeção. No Experimento 3, a eficiência da técnica foi testada na deposição de oócitos no lume uterino. A taxa de sucesso foi menor (75%, 45/60) quando comparada aos experimentos anteriores. No entanto, a taxa de sucesso baseou-se na recuperação de pelo menos um oócito, após duas lavagens uterinas e não no sucesso em depositar os oócitos de forma adequada no lume uterino. Sendo assim, provavelmente, outros fatores tenham afetado a recuperação dos oócitos, o que interferiu nas taxas de sucesso deste experimento. Com base nos resultados do presente estudo, com taxas de sucesso variando de 75,0 a 89,8%, pode-se sugerir que a técnica ultra-sonográfica de injeção intra-uterina via transvaginal “in vitro” é um procedimento viável. O reduzido número de tentativas/injeção e o mínimo tempo gasto para a execução da técnica representam papel importante para que esse procedimento seja utilizado “in vivo”. técnica testada nesse experimento pode tornar-se mais uma Finalmente, a alternativa para transferência não-cirúrgica de embriões em éguas e quem sabe, também, em outras espécies. Isso se deve ao fato desta técnica ser de rápida execução e, principalmente, por evitar manipulações cervicais, comumente suspeitas de interferirem negativamente nas taxas de prenhez, quando do ato da transferência não-cirúrgica de embriões.