Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Viola, Luciane de Fátima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-10052010-125904/
|
Resumo: |
A doença de Alzheimer (DA) é uma doença crônica neurodegenerativa que representa a causa mais comum de demência em idosos. A progressão dos déficits cognitivos e funcionais na DA leva à dependência e está associado à significativa sobrecarga do cuidador. Atualmente os tratamentos disponíveis visam aliviar a perda cognitiva e funcional, além dos sintomas comportamentais que possam ocorrer no curso da doença. O objetivo do presente estudo é avaliar o efeito de um programa multiprofissional de estimulação cognitiva e funcional para pacientes com DA leve e moderada, realizado no Centro de Reabilitação e Hospital Dia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. O grupo controle (GC) foi constituído por pacientes com DA que não receberam intervenção. Ambos os grupos estavam em tratamento ambulatorial regular e com a medicação antidemencia estável. Pacientes e controles foram avaliados antes e após a intervenção por dois avaliadores que estavam cegos para os grupos de tratamento. A intervenção durou 15 semanas, com dois encontros semanais com duração de 6 horas (um total de aproximadamente 180 horas). As medidas de avaliação adotadas foram alterações cognitivas, funcionais, de humor e qualidade de vida. A bateria de avaliação constituiu em: Teste Breve de Performance Cognitiva (SKT), Miniexame do Estado Mental (MEEM), Avaliação Direta do Estado Funcional (DAFS), Escala de Depressão Geriátrica (GDS), Inventário Neuropsiquiátrico (NPI), Qualidade de Vida nas Demências (QdV-DA), e pela Impressão Clinica baseada em Mudanças (CIBIC-Plus). Os resultados mostraram que, enquanto o grupo que recebeu intervenção permaneceu estável, o grupo controle apresentou um leve, mas significativo, declínio indicado pela pontuação total do SKT (p=0,05) e pelo subitem atenção do SKT (p=0,01). Não foram observadas diferenças significativas no desempenho funcional (DAFS) e sintomas neuropsiquiátricos (NPI), independentemente dos grupos de tratamento. Os pacientes do grupo de intervenção apresentaram melhora nos sintomas depressivos (p=0,002) e de qualidade de vida (p=0,01). Quanto ao CIBIC-Plus, tanto o paciente como o informante indicaram uma melhora significativa na memória (p=0,01 e p=0,05, respectivamente), da capacidade de orientação (p=0,05) segundo a avaliação do paciente, e os informantes também referem melhora da praxia e do sono dos pacientes (p=0,05 e p=0,03, respectivamente). Em suma, há evidências de que o programa atual de estimulação cognitiva e funcional pode render benefícios relevantes para os pacientes com DA. As medidas mais sensíveis foram a impressão clínica global de mudanças na memória, orientação, sono e praxia, além da melhora na qualidade de vida e nos sintomas depressivos. |