Ensino-aprendizagem de língua francesa na escola brasileira: memória, visibilidade e resistência de corpos pedagógicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Abreu, Marcella dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-03092019-150938/
Resumo: O presente trabalho tem como referência dois contextos de imposição de reformas sobre a educação básica brasileira: o primeiro decorrente da lei federal 5.692 (BRASIL, 1971) e o segundo, da Medida Provisória (MP) 746 (BRASIL, 2016), seguida da lei 13.415 (BRASIL, 2017). Ao investigar esses dois momentos, esta tese visa demonstrar a potência do trabalho de memória (BOSI, 2012) e de registro (ZABALZA, 2004; MELLO; BARBOSA; FARIA, 2017) para a discussão sobre o ensino-aprendizagem de língua francesa nas escolas do Brasil. Por meio de uma investigação sobre documentos e lembranças que apontam práticas daquela disciplina no Instituto Caetano de Campos entre 1960 e 1970, constatam-se silenciamentos (ORLANDI, 2007) de vozes docentes, bem como retrocessos políticos que ecoam permanentemente em nossos currículos. Ao longo do primeiro semestre letivo de 2018, buscamos ressignificar tal constatação, realizando uma pesquisa autoetnográfica em Escola de Ensino Fundamental onde o francês foi inserido como componente curricular. Como resultado dessa experiência de ressignificação e de conexão entre o passado e o futuro, emerge o protagonismo da documentação pedagógica (REGGIO EMILIA, 2014), para tornarem visíveis e possíveis a constituição e a resistência de corpos pedagógicos (TELLIER, CADET, 2014) que, a despeito de ciclos recessivos, ousam ensinar línguas estrangeiras, notadamente, o francês, em comunidades de aprendizagem do país.